Descartado o abuso, monitor avalia se aceita proposta de voltar para o Magnum

Liziane Lopes
17/10/2019 às 12:39.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:16
 (José Vitor Camilo)

(José Vitor Camilo)

Após divulgação da conclusão do inquérito que não econtrou elementos para indiciar o ex-estagiário do Colégio Magnum denunciado por pais por supostos abusos sexuais, a direção da escola divulgou nota com convite feito ao estagiário para retornar ao trabalho. "Estando a investigação concluída, permanece o compromisso já firmado com o colaborador afastado de manter sua vaga garantida tão logo ele queira e possa retomar suas atividades", informou a nota.

Na manhã desta quinta-feira (17), o advogado Fabiano Lopes, que representa o monitor, afirmou que o jovem está avaliando a possibilidade de retornar à escola, mas ainda não se decidiu. "Estamos pensando em apresentar uma contraproposta  para a escola de ele ser contratado de forma permanente como professor de Educação Física", afirmou o advogado, alegando que a imagem do ex-estagiário ficou "queimada" e que ele vai ter dificuldades para ser contratado futuramente.

Em publicação, em rede social, o ex-estagiário falou sobre a conclusão do inquérito. "Com fruto de muito trabalho, dedicação, humildade e honestidade, consegui prosperar com o suor de cada dia e o reconhecimento veio de uma forma que jamais pensaria que aconteceria, ser defendido pelos pais dos meus próprios alunos de uma acusação gravíssima", postou. (Confira postagem completa abaixo)

A escola informou que optou pelo afastamento após a primeira denúncia com "o duplo objetivo de resguardar a integridade da família e do colaborador e de permitir que o inquérito pudesse tramitar de forma isenta". 

"A apuração da Polícia Civil concluiu que não há elementos para indiciar nenhuma pessoa da escola. Mais do que isso, representantes do órgão destacaram que a vítima inicial e as demais que surgiram no desenrolar da investigação não sofreram abuso sexual pelo investigado e nem por qualquer outro professor ou integrante da escola", informou o Magnum, por meio de nota.

Relembre

A primeira denúncia foi feita em 3 de outubro. Uma mãe procurou a polícia e relatou “que seu filho, de 3 anos, ficava tentando beijar sua boca, atitude não comum entre mãe e filho”. Ela disse também que, ao questionar o comportamento, ele respondeu que teria aprendido isso com o suspeito. Ainda de acordo com a mãe, o aluno "foi forçado a tocar no pênis do autor e que o autor tocou no pênis da vítima”. Segundo a Polícia Militar, a mãe voltou a questionar a criança, que, por sua vez, fez gestos indicando que teria feito sexo oral com o rapaz. 

O segundo caso teria sido semelhante, com a criança relatando situações parecidas. Outros casos também foram denunciados, sendo sete no total.

Na quinta-feira (10), a Polícia Civil apreendeu um aparelho celular durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do monitor. Na sexta-feira (11), o suspeito participou de manifestação de apoio a ele na porta do Colégio Magnum, onde foi recebido com abraços por pais e estudantes. E na última segunda (14), o monitor de educação física prestou depoimento na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente. 
 Reprodução InstagramClique para ampliar a imagem

Confira a nota completa do Colégio Magnum

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