
Os destroços da aeronave que transportava Marília Mendonça e caiu na última sexta-feira (5), em Piedade de Caratinga, no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, devem ser levados para o Rio de Janeiro ainda nesta terça-feira (9). O acidente causou a morte da cantora e de outras quatro pessoas.
Na segunda-feira (8), os dois motores do avião foram resgatados. Eles serão posteriormente encaminhados para Sorocaba, no interior de São Paulo, conforme informou a Polícia Civil. A análise de ambas as peças faz parte da investigação sobre as possíveis causas do acidente.
“O código determina que o Cenipa, se tiver interesse na investigação, tem preferência nos destroços. Então de comum acordo com a Polícia Civil, nós deliberamos que a aeronave ficaria na guarda do deles. A polícia, havendo necessidade, faria a requisição dos laudos periciais, sem prejuízo de uma perícia”, disse o delegado regional de Caratinga, Ivan Salles.
Na tarde de ontem, novas perícias foram realizadas na aeronave. “A investigação agora permanece com os laudos periciais”, concluiu, informando, ainda, que o proprietário da empresa PEC Táxi Aéreo, responsável pela aeronave Beechcraft King Air C90, foi ouvido pela corporação na tarde de segunda.
O acidente
Marília Mendonça estava em um bimotor com capacidade para seis passageiros. Segundo informações da Anac, o avião estava em situação regular. A aeronave decolou de Goiânia com destino a Caratinga, onde a cantora teria uma apresentação na noite de sexta-feira.
A queda deixou cinco mortos. Além da artista de 26 anos, o produtor Henrique Ribeiro, o tio e assessor da cantora, Abicieli Silveira Dias Filho, o piloto Geraldo Martins de Medeiros e o copiloto Tarciso Pessoa Viana também morreram.
O acidente ocorreu próximo a uma queda d’água, na zona rural da cidade mineira. Antes de cair, o avião bateu em cabos de alta tensão de uma torre de distribuição da Cemig.
Segundo disse o delegado Ivan Salles à TV Globo, os cabos foram encontrados enroscados na aeronave. No entanto, ainda não é possível afirmar que o fio seri o que se rompeu. "Agora, a gente só vai poder afirmar quando a perícia tiver o laudo pericial”, explicou.