Escolas Particulares de BH acionam Defensoria Pública para tentar reverter adiamento das aulas

Clara Mariz
clara_mariz
28/01/2022 às 22:03.
Atualizado em 30/01/2022 às 01:07
 (Divulgação/PBH)

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O Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG) se reuniu nesta sexta-feira (28) com representantes da Defensoria Pública do Estado para discutir o adiamento do início do ano letivo das crianças de 5 a 11 anos para o dia 14 de fevereiro. De acordo com o órgão estadual, no encontro foram solicitadas ações da DPMG para que a medida seja revogada e as aulas antecipadas. 

De acordo com o presidente do Sinep, Winder Almeida, ficou acordado que a Defensoria Pública tentará marcar uma reunião entre o sindicato e a Secretaria de Saúde para tratar do assunto. “ A defensora que nos atendeu participou das primeiras conversas a respeito da retomada das aulas aqui em Belo Horizonte. Nós estamos tentando marcar uma reunião emergencial com a prefeitura para debater o tema, já que, além de não sinalizar que essa medida poderia ser tomada, em momento algum convocou a Defensoria Pública do Estado ou o sindicato para discutir a retomada às aulas”. 

A partir de agora, o órgão vai requisitar aos municípios dados epidemiológicos, tais como ocupação de leitos de enfermaria e CTI infantil, número de infectados e de mortos pela Covid-19, que fundamentam e justificam a medida de prorrogação do início das aulas em Belo Horizonte e em Nova Lima. Com base nos dados, o órgão vai avaliar as medidas a serem adotadas, seja pela tentativa de decisão consensual com os municípios ou pela via judicial.

A reportagem do Hoje em Dia procurou a PBH para saber o posicionamento do executivo quanto a decisão do Sinep de provocar a Defensoria Pública e para saber se tem havido diálogo entre o município, os pais e o sindicato. Em resposta, a prefeitura informou que a decisão foi tomada “considerando o aumento das internações pediátricas, além de outras doenças respiratórias que circulam”.

Indignação

Neste sábado (29) o movimento de pais e responsáveis de crianças que tiveram o início das aulas adiadas fizeram convocação pelas redes sociais para uma manifestação em frente ao prédio da prefeitura, na avenida Afonso Pena. 

Conforme o presidente do Sinep-MG, alguns diretores irão participar do movimento já que muitos estão “indignados” com a medida. “Nós não concordamos com o adiamento das aulas, já que, além das instituições já terem se preparado para esse retorno, a medida faz discriminação com o espaço escolar, visto que esses alunos estarão restrito apenas às escolas, mas poderão frequentar outros espaços públicos e privados como shoppings e parques”, explicou Winder Almeida.

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