Espera na fila dos postos de gasolina de BH passa de uma hora, sem garantia de abastecimento

Luiz Augusto Barros*
@luizaugbarros
22/10/2021 às 11:26.
Atualizado em 05/12/2021 às 06:06
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

Motoristas de Belo Horizonte têm enfrentado longas filas para abastecer nos postos de gasolina nesta sexta-feira (22). Por conta da greve dos transportadores de combustíveis, a espera para encher o tanque passa de uma hora e, mesmo assim, sem garantia de abastecimento.

A empresária Adriele Cristhina Vieira, de 28 anos, acordou cedo para garantir um lugar na fila, já que desde essa quinta-feira (21) há uma movimentação intensa nesses estabelecimentos. 

“Fiquei 1h40 na fila, quase dois quilômetros de carros parados. Quando cheguei próximo ao posto, a gasolina acabou. Não tinha gasolina, não tinha álcool”, afirmou. 

A solução foi procurar outro local para abastecer, na avenida Saramenha, no bairro Guarani, região Nordeste de BH. Lá, havia ainda mais gente esperando para chegar às bombas. 

“Mais carros, dobrando o quarteirão, mais de três quilômetros de fila. Estou há 40 minutos e não sei que horas vou sair, não tenho perspectiva nenhuma, se é que vai ter gasolina quando chegar lá”, disse.

Wagner Lúcio, de 37 anos, disse que ficou 40 minutos na fila de um posto na avenida Álvares Cabral, no Centro da capital, para encher o tanque da moto. E teve prejuízo, já que deixou os serviços na marcenaria parados enquanto tentava abastecer.

Além disso, afirmou que optou pela motocicleta para economizar, já que o veículo consome menos que o carro. “O carro já está parado, porque não dá. É um ou outro, e vai ter que ser na moto”.

Bombas vazias

De acordo com Railander do Carmo Silva, de 23 anos, frentista de um posto na Bias Fortes, na região Central da cidade, já não tem combustível desde essa quinta-feira, e não há previsão de o caminhão chegar para encher os reservatórios. “O dono pediu ontem, só que como a greve já estava avançada, não foi possível fazer a entrega”.

Segundo o funcionário, a demanda é grande, mas a oferta pequena. No fim, acabam saindo no prejuízo por falta de atendimento. “Chega no começo do mês e tem que fazer pagamento, aí fica apertado”.

*Com Lucas Prates e Gledson Leão

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