Estado prevê queda nos casos de Covid em breve, mas cuidados devem ser mantidos

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
21/07/2020 às 14:09.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:05
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

O secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, afirmou que há uma certa estabilização na ocupação de leitos nos hospitais e no número de casos de novo coronavírus em Minas Gerais. Mas ele alerta: mesmo que, em breve, haja uma queda no número de infectados pela doença, as medidas de distanciamento e prevenção terão de ser mantidas, para evitar uma segunda onda – ou seja, um novo crescimento da epidemia.

“Não parece precoce pensarmos que em breve teremos início na diminuição dos casos. Mas é importante que todos entendam que, mesmo baixando, mesmo começando a ter menos casos, mesmo diminuindo a necessidade por internação hospitalar, temos um contingente muito grande de pessoas que não tiveram a doença”, afirmou o secretário durante coletiva nesta terça-feira (21).

Segundo ele, todos deverão manter distanciamento, uso de máscaras e medidas de higiene pessoal para que os casos não voltem a aumentar. “É de se esperar que tenhamos algumas ondas, mas elas serão tão menores quanto mais cuidado a população tiver e quanto mais distante do momento atual elas forem”, afirmou o secretário.

Minas tem 95.566 casos confirmados de novo coronavírus desde março, mas deles 25.272 são referentes a pacientes que ainda não se curaram da doença (estão internados ou em isolamento domiciliar). 

Atualmente, 68% dos 3.533 leitos de UTI da rede SUS no estado estão ocupados. Entre eles, 958 são correspondentes a pacientes com diagnóstico de Covid-19. A situação é mais grave em duas regiões de saúde: Central (com taxa de ocupação de leitos de UTI em 77,3%) e Vale do Aço (com taxa de 81,4%).

Mesmo com a situação grave nessas duas regiões, pode-se verificar uma tendência de estabilização no estado como um todo, de acordo com o secretário. “Essa estabilização marca o que chamamos de platô, que é ficar com um mesmo número aproximado de casos durante um tempo”, explicou.

Vacinação

Amaral também afirmou que é compreensível a angústia das pessoas frente ao crescimento da pandemia, que interfere na vida socio-econômica de boa parte da humanidade. “É um fenômeno social que interferiu na vida das pessoas do ponto de vista emocional, do ponto de vista laboral, do dia a dia do sustento, das famílias, da ideia da liberdade de poder ir e vir. É uma complexidade real vinculada a essa epidemia que vem atingindo o mundo inteiro e também Minas Gerais”, disse.

Mas essa angústia não pode impedir que as pessoas se cuidem em relação a essa doença e outras. Amaral disse também, durante a coletiva, que é fundamental que as pessoas não deixem de ir aos postos de saúde para manter o cartão de vacinação em dia.

“A vacinação corresponde a um dos maiores avanços do ponto de vista médico que existiu no século passado e permanece neste. Se vacinar traz benefício muito grande para a pessoa e para a sociedade em conjunto, evita adoecimentos em massa. Estamos vendo isso com a Covid, queremos que a vacina chegue rápido”, afirmou o secretário.

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