Estudo que analisa coronavírus no esgoto de BH estima que número de casos pode ser 20 vezes maior

Rosiane Cunha
rmcunha@hojeemdia.com.br
26/06/2020 às 19:32.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:53
 (Divulgação/Copasa)

(Divulgação/Copasa)

Em novo boletim do projeto de monitoramento dos esgotos de Belo Horizonte, os pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto da Universidade Federal de Minas Gerais (INCT/UFMG) apontam que o número de infectados pelo novo coronavírus em Belo Horizonte é 20 vezes maior que o divulgado no boletim epidemiológico da prefeitura. 

Nesta sexta-feira (26), os casos confirmados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) somavam 5.195 e 121 óbitos.

A grande diferença entre a estimativa dos pesquisadores e os casos já confirmados por meio de testes mostra que muitas pessoas seguem assintomáticas, sem saber que estão com o vírus. “Como sabemos que são encontradas dificuldades em ampliar a testagem da população, avaliamos que o projeto se torna ainda mais importante para a sociedade e gestores neste momento de pandemia, como forma de propiciar a testagem indireta via dados obtidos ao analisarmos os esgotos. Assim, podermos oferecer uma ferramenta para otimizar a avaliação epidemiológica, como instrumento de gestão pública”, afirmou Marcelo Cruz, diretor da Agência Nacional das Águas (ANA). 

O estudo Monitoramento Covid Esgotos, que terá duração de dez meses, é realizado em 24 pontos de coleta no sistema de esgotamento pela Agência Nacional de Águas (ANA) e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto (INCT ETEs Sustentáveis/UFMG). A ação é realizada em parceria com o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

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