(Divulgação/Copasa)
Em novo boletim do projeto de monitoramento dos esgotos de Belo Horizonte, os pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto da Universidade Federal de Minas Gerais (INCT/UFMG) apontam que o número de infectados pelo novo coronavírus em Belo Horizonte é 20 vezes maior que o divulgado no boletim epidemiológico da prefeitura.
Nesta sexta-feira (26), os casos confirmados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) somavam 5.195 e 121 óbitos.
A grande diferença entre a estimativa dos pesquisadores e os casos já confirmados por meio de testes mostra que muitas pessoas seguem assintomáticas, sem saber que estão com o vírus. “Como sabemos que são encontradas dificuldades em ampliar a testagem da população, avaliamos que o projeto se torna ainda mais importante para a sociedade e gestores neste momento de pandemia, como forma de propiciar a testagem indireta via dados obtidos ao analisarmos os esgotos. Assim, podermos oferecer uma ferramenta para otimizar a avaliação epidemiológica, como instrumento de gestão pública”, afirmou Marcelo Cruz, diretor da Agência Nacional das Águas (ANA).
A última pesquisa divulgada pelo projeto já apontava a presença do novo coronavírus em 100% das amostras colhidas nas bacias do Onça e do Arrudas.
O estudo Monitoramento Covid Esgotos, que terá duração de dez meses, é realizado em 24 pontos de coleta no sistema de esgotamento pela Agência Nacional de Águas (ANA) e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto (INCT ETEs Sustentáveis/UFMG). A ação é realizada em parceria com o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).