Focos de dengue põem 7 milhões de mineiros em risco

Lucas Eduardo Soares
08/11/2019 às 21:26.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:37
 (Maurício Vieira)

(Maurício Vieira)

A possibilidade de infestação do Aedes aegypti deixa em alerta 7 milhões de mineiros. Essa é a soma da população de 242 cidades onde criadouros do vetor da dengue, zika e chikungunya foram identificados acima dos limites aceitáveis. Os dados, preliminares, constam nos levantamentos de índices Rápido (LIRAa) e Amostral (LIA) de outubro. A maior parte dos focos está dentro das residências. Os principais são caixas d’água ou outros tipos de reservatórios, pratinhos de plantas, pneus e lixo.

No total, 803 municípios enviaram notificações à Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) referentes ao mês passado. Em 15 localidades a situação é ainda mais grave, pois os relatórios apontaram o risco de surto. As demais 546 estão em condição “satisfatória”. Belo Horizonte é uma delas.

Os índices servem para apontar caminhos de combate ao mosquito. Segundo a coordenadora do Programa Estadual de Controle das Doenças Transmitidas pelo Aedes, Márcia Ooteman, na semana que vem um seminário deverá apontar ações a serem realizadas no próximo período sazonal, previsto para dezembro. No entanto, reforça a técnica, prefeituras já têm utilizado os resultados parciais para medidas de prevenção.

“Nosso papel é fazer com que isso fique dentro do limite esperado. Os municípios já estão fazendo revisões dos planos de contingências”, apontou a coordenadora. Dentre as propostas de mobilização social, uma campanha para alertar a população será feita. “As pessoas precisam entender que, muitas vezes, o vetor está dentro de casa”. 

O último boletim epidemiológico da dengue – divulgado nesta semana – indicou o  pior outubro em casos já registrados em Minas. Só no mês passado foram 1.396 vítimas. Até o momento, o Estado tem mais de 484 mil notificações prováveis – soma das confirmações e suspeitas da doença – e 153 mortes. 

Prevenção

A temporada de chuva, que já começou, aumenta o risco. Virologista da UFMG, Flávio Fonseca destaca que os cuidados devem ser reforçados dentro de casa. “O pouco que se pode fazer para conter a proliferação precisa ser feito. Tem que evitar coleção de água parada. Só assim para controlar uma infestação e surto”. 

Com Renata EvangelistaEditoria de Arte

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