Juiz de BH que morreu nesta madrugada pode ser a quinta vítima de intoxicação com cerveja

Juliana Baeta
jcosta@hojeemdia.com.br
03/02/2020 às 09:29.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:31
 (Maurício Vieira)

(Maurício Vieira)

Mais uma morte pode estar relacionada à intoxicação por dietilenoglicol, substância tóxica encontrada em cervejas da marca Backer. Trata-se do advogado e juiz titular da 28ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte João Roberto Borges, de 74 anos. O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) informou que deve soltar uma nota mais tarde lamentando o falecimento e informando local e horário do enterro. Com isso, já são cinco óbitos suspeitos de terem sido causados por intoxicação após consumo das bebidas. 

Borges estava internado no Hospital Madre Teresa, no bairro Gutierrez em BH, com suspeita de intoxicação, e acabou morrendo na madrugada desta segunda-feira (3). Seu corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) nesta manhã. 

A Polícia Civil confirmou a morte do paciente e a Secretaria de Estado de Saúde ainda não inclui o óbito na listagem oficial. Até então, o último boletim do órgão, datado da última sexta-feira (31), considera a morte de quatro pacientes em que foi confirmada a presença do dietilenoglicol no sangue. 

Até o momento, Minas tem 30 casos suspeitos de intoxicação por dietilenoglicol, sendo que 22 são de Belo Horizonte, e os demais foram registrados nas cidades de Capelinha, Nova Lima, Pompéu, São João Del Rei, São Lourenço, Ubá e Viçosa. 

Na última terça-feira (28), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou que dez novos lotes de cervejas da Backer estão contaminados. Com isso, as substâncias etilenoglicol ou dietilenoglicol já foram encontradas em 41 lotes e em dez rótulos da marca. 

O Mapa continua testando amostras recolhidas na Backer. A empresa permanece fechada e os produtos somente serão liberados para comercialização após análise e aprovação do órgão.  

A Backer informou que colabora com as investigações e oferece acolhimento psicológico e social para familiares e vítimas. "Inclusive, na semana passada, por iniciativa própria, a empresa recorreu ao Ministério Público para ampliar ainda mais o suporte prestado às famílias dos atingidos", afirmou a companhia, em nota.

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