Ministério e PC inspecionam Backer novamente; garrafas enviadas à Brasília não estavam violadas

Juliana Baeta
jcosta@hojeemdia.com.br
14/01/2020 às 12:07.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:17
 (Renata Evangelista)

(Renata Evangelista)

A sede da cervejaria Backer, no bairro Olhos D'Água, região Oeste de Belo Horizonte, contou novamente com a presença de equipes da Polícia Civil e do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) na manhã desta terça-feira (14) para uma nova inspeção. 

O objetivo, agora, é identificar como se deu a contaminação. As garrafas de cervejas da Backer que foram enviadas para o Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Distrito Federal, onde foram submetidas a testes de carbonatação, estava intactas, ou seja, sem sinais de violação, apesar de as bebidas apontarem para a presença de monoetilenogilicol e dietilenoglicol.

Segundo a Polícia Civil, o  dietilenoglicol já havia sido detectado em amostras de duas cervejas dos lotes L01 1348 e L02 1348, que foram fornecidas pelos familiares das vítimas de intoxicação. A mesma substância foi encontrada no sangue das vítimas. 

Uma das amostras analisadas em Brasília é da cerveja Capixaba, também da Backer e comercializada somente no Espírito Santo. Ela também não teve a garrafa violada, apesar de conter as substâncias tóxicas. 

A polícia conclui que pelo menos três lotes de cervejas da Backer estão contaminados com o monoetilenoglicol e o dietilenoglicol, e que esta última substância também foi encontrada em garrafas recolhidas na empresa, na casa das vítimas e no sangue de pacientes. 

Nessa segunda-feira (13), o Mapa havia intimado a Backer a recolher do mercado, além da Belorizontina, todos os produtos fabricados a partir de outubro do ano passado. O órgão também apreendeu 139 mil litros de cerveja engarrafada e 8.480 litros de chope da empresa, além de lacrar tanques e outros equipamentos de produção. 

A Backer contesta a ação. Por meio de nota, a empresa informou que "a medida de recall solicitada pelo Ministério da Agricultura está sendo objeto de apreciação judicial para revogação do ato". A cervejaria segue reiterando que "não faz uso do dietilenoglicol em seu processo produtivo e que o episódio apurado pelas autoridades limita-se ao lote 'Belorizontina', não tendo qualquer relação com os demais rótulos da empresa, que possui processos autônomos de produção". 

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