Minas já tem 41 casos confirmados de sarampo; só na capital são 11

Liziane Lopes
09/10/2019 às 10:32.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:08
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

O número de casos de sarampo está maior em Minas Gerais: são 41, sete a mais do que foi anunciado no último boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde, há uma semana, quando foram registrados 34 casos.

Segundo a SES-MG, quatro desses 41 casos ocorreram no primeiro trimestre e a cadeia de transmissão foi contida. A partir de junho de 2019, o número de casos suspeitos aumentou, totalizando mais 37 casos confirmados. No período foram registradas ainda 1.420 notificações provenientes de 215 municípios no Estado, sendo descartadas 733 (51,6%) e ainda em investigação 650 (45,8%). No boletim do dia 2 de outubro, eram 624 casos investigados, 26 a menos que os divulgados nesta quarta-feira (9).

A faixa etária de 20 a 29 tem o maior número de casos. Já as cidades com mais registros são Belo Horizonte, Uberlândia, Ribeirão das Neves e Juiz de Fora.

A maioria dos casos confirmados está relacionada à importação do vírus de doentes que estiveram em São Paulo ou por contato direto com quatro doentes paulistas provenientes das cidades de São Paulo (1), Jundiaí-SP (1) São Bernardo do Campo-SP (1) e Araras-SP (1). A exceção desse vínculo foi para os casos das cidades de Betim, Ribeirão das Neves, Unaí, onde não foram identificadas as origens de contato dos doentes.

Em BH

O número de casos confirmados em BH também subiu de 9 para 11, segundo dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde). Os dois primeiros casos confirmados ocorreram em janeiro e fevereiro, respectivamente. Os nove casos restantes ocorreram nos meses de agosto e setembro e são casos importados, ou seja, a infecção ocorreu fora de Belo Horizonte. 

Ao longo do ano, foram notificados 357 casos suspeitos de sarampo de residentes na capital. Desses, 255 casos permanecem em investigação e 91 foram descartados.

Os números divulgados, nesta quarta-feira (9), pela Secretaria Municipal de Saúde, ainda não foram atualizados pela Secretaria de Estado, que apresenta 8 casos em BH e não os 11 atuais. Com isso, o número em Minas pode ser maior que o divulgado, de 41.

Campanha

Começou nessa segunda-feira (7) a Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo. De acordo com Ministério da Saúde, a ação é destinada a dois grupos de pessoas. O primeiro grupo é formado por crianças de seis meses a menores de 5 anos, cuja a vacinação vai até 25 de outubro. O segundo grupo é formado por aqueles com faixa etária de 20 a 29 anos e que não estão com a caderneta de imunização em dia. Esta fase está prevista para iniciar no dia 18 de novembro.

A meta é vacinar 2,6 milhões de crianças na faixa prioritária e 13,6 milhões adultos. Para isso, a pasta garantiu a maior compra de vacinas contra o sarampo dos últimos 10 anos. Ao todo, 60,2 milhões de doses da tríplice viral foram adquiridas para garantir o combate à doença nos municípios.

Cobertura vacinal

Segundo a SES-MG, no Estado, a cobertura vacinal das vacinas tríplice viral e tetraviral em menores de 5 anos de idade, com uma dose, está em 89,49%. A faixa de idade com maior cobertura é a de 2 anos de idade, com 96,73%, e a menor é a de crianças com menos de 1 ano de idade, com 41,77%.

Já a cobertura vacinal de crianças com duas doses está em 73,80%. A  etária com maior cobertura é a de 4 anos de idade, com 87,35%, e a menor é a de crianças com 1 ano de idade, com 61,28%.

A doença

O sarampo é uma doença viral, infecciosa aguda, grave, transmissível, altamente contagiosa e comum na infância. Começa com febre, exantema (manchas avermelhadas que se distribuem de forma homogênea pelo corpo), sintomas respiratórios e oculares. No quadro clínico clássico também podem ocorrer tosse, rinorréia (rinite aguda), conjuntivite (olhos avermelhados), fotofobia (aversão à luz) e manchas de koplik (pequenos pontos esbranquiçados presentes na mucosa oral).

A transmissão ocorre de pessoa a pessoa por meio de secreções presentes na fala, tosse, espirros ou até mesmo respiração. Na presença de pessoas não imunizadas ou que nunca apresentaram sarampo, a doença pode manter-se em níveis endêmicos. 

A prevenção se dá por meio da vacina.

* Fonte: SES-MGEditoria de Arte / N/A

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