Ministério Público pede bloqueio de bens da Backer para garantir suporte e indenização às vítimas

Rosiane Cunha
rmcunha@hojeemdia.com.br
11/02/2020 às 19:32.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:36
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da 14ª Promotoria de Defesa do Consumidor de Belo Horizonte, ajuizou na tarde desta terça-feira (11) um pedido de tutela antecipada contra a Cervejaria Backer para defesa dos direitos dos consumidores que tomaram cervejas da marca supostamente contaminadas com dietilenoglicol e monoetilenoglicol.

Na ação, foi pedido o bloqueio dos bens da cervejaria, que seriam usados exclusivamente para reparação dos danos causados aos consumidores. 

Segundo a promotora de Justiça Silvia Altaf Cedrola, a intenção é garantir a indenização e o suporte imediato às vítimas, uma vez que, segundo o MPMG, a Cervejaria Backer não cumpriu o acordo extrajudicialmente firmado, negando apoio aos consumidores que ingeriram as cervejas colocadas no mercado para consumo. 

Nessa segunda-feira (10) as vítimas de intoxicação por dietilenoglicol e os https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/em-carta-familiares-de-v%C3%ADtimas-de-intoxica%C3%A7%C3%A3o-acusam-backer-de-falta-de-assist%C3%AAncia-1.771637 afirmando que a Backer, até o momento não prestou qualquer auxílio e nenhum tipo de assistência que havia ficado acordados em audiência com participação do Ministério Público.

Foi requerida ainda tutela de urgência antecipada para que a empresa seja obrigada a custear tratamento médico e demais gastos das vítimas e seus familiares, suporte psicológico e pagamento de salário para aqueles que estão impossibilitados de trabalhar. 

A ação também pede que marca disponibilize um canal de informação, que divulgue aos consumidores sobre o que fazer diante do risco iminente de danos. 

A https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/cidades/pol%C3%ADcia-prorroga-inqu%C3%A9rito-que-investiga-intoxica%C3%A7%C3%B5es-por-dietilenoglicol-em-minas-1.771768 de intoxicação que podem estar relacionadas ao consumo de cervejas da marca. Seis pessoas morreram. 

A substância tóxica dietilenoglicol foi encontrada pelohttps://www.hojeemdia.com.br/horizontes/minist%C3%A9rio-da-agricultura-identifica-mais-dez-lotes-de-cervejas-backer-contaminados-1.769448 (Mapa) nas cervejas, em tanques e na água da fábrica no bairro Olhos D´Água, na região Oeste de Belo Horizonte, que está interditada. A Backer nega o uso do dietilenoglicol no processo de fabricação, mas afirma usar o monoetilenoglicol.

A Backer informou que não foi notificada da decisão judicial, mas reafirma o compromisso em prestar todo o suporte possível aos pacientes com suspeita de intoxicação por dietilenoglicol e garante que cumprirá todas as determinações das autoridades.

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