Mortes por afogamentos em apenas 24 horas deixam os mineiros em alerta

Renata Evangelista
rsouza@hojeemdia.com.br
02/01/2020 às 20:51.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:10
 (Corpo de Bombeiros/Divulgação)

(Corpo de Bombeiros/Divulgação)

As cinco mortes por afogamento somente nas primeiras 24 horas de 2020 deixam os mineiros em estado de atenção. O número de casos tende a aumentar nesta época, marcada por verão, calor e férias, fazendo com que mais pessoas procurem cachoeiras, rios e lagos para se refrescarem. O descuido é o principal motivo das ocorrências.Corpo de Bombeiros/Divulgação

De acordo com o Corpo de Bombeiros, ocorrências aumentam de dezembro a março

Em 2019, de janeiro a novembro, o Corpo de Bombeiros atendeu a 721 casos em todo o território. O tenente Douglas Constantino destaca, no entanto, que a explosão dos registros acontece de dezembro a março.

“É um período de muita chuva que, mesmo sendo rápida, favorece a ocorrência de tromba ou cabeça d’água”, explicou. 

Esse último fenômeno fez o volume de água subir repentinamente na cachoeira do Parque Ecológico do Paredão, em Guapé, no Sul de Minas, no dia 1º. Lá, três pessoas de uma mesma família perderam a vida.

Já em Taquaraçu de Minas, uma menina de 9 anos caiu em um rio e foi arrastada pela correnteza. O corpo dela foi localizado pelos próprios parentes. Um adolescente, de 14, também morreu afogado ao tentar nadar em uma cachoeira em Unaí, Noroeste de Minas.

Perigo

Quem não sabe nadar não deve frequentar esses locais, alerta o tenente Constantino. Em clubes, geralmente, o perigo é menor por haver salva-vidas. 

“Em Minas, os afogamentos e óbitos são mais comuns em cachoeiras, rios e lagoas, porque são mais visitados, ermos e com menos vigilância”.

Além disso, a instabilidade da água agrava o cenário. “Em caso de correnteza, nem quem sabe nadar deve se arriscar”, aconselhou o bombeiro. O militar enfatiza que o comportamento preventivo reduz em muito os riscos.

Cuidados

Conferir as condições do clima antes de procurar um lugar para se banhar pode evitar tragédias. O tempo fechado, frisa Douglas Constantino, sinaliza que não se deve ir para cachoeiras. Nesse caso, o risco de cabeça d’água é grande. “É bom pesquisar, inclusive, se o local já foi alvo do fenômeno. Em caso positivo, melhor não arriscar”.

Caso o dia seja de sol, mas o tempo fique nublado repentinamente, o turista também deve sair da água e deixar a área imediatamente. “É um indicativo de chuva nas proximidades”, afirma o tenente.

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