(Lucas Prates/ Hoje em Dia)
Sete quilômetros da ciclovia da orla da Lagoa da Pampulha estão sendo revitalizados. Atualmente, o trecho entre a rua Garopas e o clube Belo Horizonte está instalado na pista de rolamento dos veículos. Com a reestruturação, a pista será elevada ao nível da calçada. A via, que foi palco recente de acidentes, era uma reclamação contínua de ciclistas.
O projeto, que deve custar aos cofres públicos algo em torno de R$ 5 milhões, prevê um alargamento no trecho, que agora contará com 2,5 metros, compatível com ciclovias bidirecionais e com grande fluxo de pessoas, como é o caso da orla da lagoa. Também estão previstas a instalação de jardins para separação física da pista de caminhada e adequações geométricas.
Todas as mudanças devem ficar prontas em 2022. É o que informa a BHTrans. “É uma obra importante porque elimina um conflito que a gente sabe que é existente e que já gerou, inclusive, polêmicas no passado, entre os ciclistas que estão no nível de rolamento com os automóveis e com aqueles que fazem treinos de velocidade na lagoa. Então prevê uma proposta de conciliação desse trecho e a gente acha que vai equacionar muitas das questões para quem pedala no local”, disse a coordenadora de Sustentabilidade e Meio Ambiente da BHTrans, Eveline Prado Trevisan.
A obra também contemplará a execução de travessias elevadas em interseções e locais de atratividade, com implementação de novas sinalizações. “É algo muito importante para reduzir a velocidade na orla, já que a gente sabe que é uma região muito frequentada, que tem muitos pedestres e ciclistas, uma região turística da cidade”, avaliou.
No momento, os serviços estão sendo executados em três trechos da avenida Otacílio Negrão de Lima, entre a rua Garopas e a avenida Pedro I; entre a avenida Pedro I e alameda dos Flamboyants e entre a alameda dos Flamboyants e o Clube Belo Horizonte.
Novos projetos
Ainda segundo Eveline, BH projeta mais de 70 km de novas ciclovias para o ano que vem. Ainda não é possível, porém, prever se as obras sairão do papel. “Parte desses projetos foram desenvolvidos em vias que vão receber sistemas em faixas exclusivas de ônibus, então é mais uma forma de promover essa integração. Eles foram concluídos e agora o próximo passo é buscar recursos para que a gente possa implementá-los”, concluiu.
Atualmente, BH tem pouco mais de 110 km de ciclovias implementadas. “É possível, por exemplo, sair do bairro e chegar até a final da Andradas de bicicleta, porque há uma estrutura contínua em todas essas vias. A gente precisa avançar em direção a uma cultura da bicicleta na cidade. Acho que a população precisa compreender que a bicicleta veio para ficar, que é muito importante para o sistema de mobilidade da cidade, importante para a saúde da cidade”, finalizou.
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