Pais de crianças que tiveram aulas adiadas convocam população para manifestação contra medida da PBH

Clara Mariz
clara_mariz
28/01/2022 às 19:09.
Atualizado em 30/01/2022 às 01:07
 (Maurício Vieira)

(Maurício Vieira)

Organizações de pais de alunos das redes municipal e particular de ensino de Belo Horizonte convocaram a população nesta sexta-feira (28) para uma manifestação neste sábado (29) contra a medida de adiamento do retorno às aulas para crianças de 5 a 11 anos, adiada para o dia 14 de fevereiro. A reunião vai acontecer às 10h em frente ao prédio da prefeitura da capital, na avenida Afonso Pena.

Em sua conta no Instagram, o movimento Juntos pela Educação MG, formado por médicos, professores, advogados da saúde e da educação que atuam em prol da reabertura escolar, afirmou que a convocação é “pela volta imediata das aulas para todas as idades”. Além disso, o grupo disse que as escolas já estão seguras com os protocolos vigentes. 

De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte, a justificativa para postergar o início do ano letivo é dar uma semana a mais para que os pais levem as crianças para se vacinar contra a Covid-19. 

A medida é válida apenas para os estudantes de 5 a 11 anos, que estão sendo imunizados atualmente. Já os jovens da Educação Infantil de escolas públicas e privadas que tenham até 5 anos, e os adolescentes maiores de 11 anos o retorno às aulas continua no dia 7 de fevereiro, como já estava previsto no calendário escolar da capital. 

Apoiadora do movimento, a vereadora Marcela Trópia (Novo) afirma que a decisão foi tomada sob pressão de sindicatos que defendem o fechamento das escolas. A parlamentar acredita que a cidade precisa compensar o tempo sem aulas presenciais durante 2020 e 2021.

“Para alguns, pode parecer só mais uma semana de férias escolares. Mas a verdade é que  durante a pandemia BH as escolas ficaram fechadas por 404 dias, enquanto a média do Brasil foi de 279. Deveríamos correr atrás do prejuízo e não adiar mais uma vez a volta às aulas”, argumenta.

Trópia conta que não poderá estar presente, mas apoia a manifestação. Ela considera o ato um direito dos pais de alunos e acredita que o movimento demonstra que grande parte da comunidade escolar não concorda com a condução do prefeito Alexandre Kalil (PSD)

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