Pais são indiciados pela morte da filha de 1 ano em Montes Claros

Deborah Almeida
dcosta@hojeemdia.com.br
26/07/2021 às 17:36.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:31
 (Reprodução / Polícia Civil )

(Reprodução / Polícia Civil )

Os pais suspeitos pela morte da filha, de 1 ano e 2 meses, foram indiciados pela Polícia Civil. O crime aconteceu em Montes Claro, na região Norte de Minas, em 6 de junho. A criança apresentava lesões na costela, ruptura de alça intestinal e dilaceração anal, o que pode indicar abuso sexual. 

Durante a coletiva, ocorrida nesta segunda-feira (26), a polícia revelou que a garotinha não tinha registro civil e, por isso, o óbito não pôde ser declarado. Foi necessário que o pai fosse levado do Presídio de Bocaiúva até Montes Claros para assinar os trâmites de registro.  

A mãe da criança foi presa em flagrante. O pai fugiu ao notar que a filha estava morta, mas foi detido pela polícia na mesma noite. Eles foram indiciados por homicídio qualificado, maus-tratos e abandono de incapaz. O homem também responderá por feminicídio. 

Segundo a Polícia Civil, a mãe teria revelado que agrediu a filha pelo menos cinco vezes naquela noite e que o pai também bateu na menina. Além disso, a suspeita informou que viu movimentações debaixo do cobertor que podiam sinalizar violência sexual. 

Em depoimento, outro filho do casal contou que as agressões eram contantes, e que “às vezes ficava sem saber se os pais de fato gostavam dele”, relevou o delegado. O filho nega ter sofrido violência sexual. 

A polícia informou que os suspeitos já tinham antecedentes criminais. A mãe já foi indiciada por tráfico de drogas, receptação e abandono de incapaz. O companheiro tem passagem por ameaça, lesão corporal, furto, roubo, dano, homicídio e estupro de vulnerável. 

“Ambos escolheram deliberadamente não tomar providências em relação ao outro”, enfatizou Rezede. De acordo com as investigações, era comum que o casal deixasse as crianças sozinhas ou com parentes para usar entorpecentes. 

Os pais e os três filhos dormiam no mesmo quarto e somente eles tinham acesso às crianças. Por isso, a polícia descarta a participação de outras pessoas no crime. 

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