'Parece que caiu uma bomba na rua', diz comerciante que teve salão invadido pela água no Lourdes

Rosiane Cunha
rmcunha@hojeemdia.com.br
29/01/2020 às 08:32.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:27
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

O temporal de pouco menos de três horas castigou Belo Horizonte na noite dessa terça-feira (28) e voltou a alagar ruas e provocar destruição. Só que desta vez, os estragos atingiram em cheio a região Centro-Sul da capital, a mais castigada, e que recebeu o maior volume de chuvas durante a noite (183,4 mm). 

Na manhã desta quarta-feira (29), o cenário é de guerra na Praça Marília de Dirceu, no bairro Lourdes. A força da enxurrada encobriu ruas, arrancou o asfalto e empilhou carros. Alguns veículos foram parar na porta do salão de beleza do comerciante Gerado Santiago. Lucas Prates / N/AGeraldo Santiago ainda não calculou o prejuízo 

No mesmo ponto há mais de 40 anos, ele se assustou com a situação. “Nunca vi uma coisa dessas. Parece que caiu uma bomba na rua”, comentou. O comerciante contou que já estava em casa quando foi avisado por vizinhos que o salão estava alagado. O local fica em uma esquina e a água entrou por uma porta e saiu por outra levando cadeiras e equipamentos de trabalho. “Eu sai às 20h e estava tranquilo quando me telefonaram para avisar que o salão estava aberto e alagado. A água subiu quase um metro”, lamenta. 

Por volta de 1h desta quarta, Geraldo ainda retirava a lama, sem ter noção dos prejuízos. "Agora estou pensando apenas na limpeza e me recuperando do susto. Ainda não faço ideia dos prejuízos”. Perto dali, uma agência bancária também foi invadida pela lama.Lucas Prates / N/AAgência bancária foi invadida por lama 

O empresário Paulo Márcio, de 32 anos, é dono de um dos carros levados pela água. Ele estava em um restaurante quando viu o veículo ser arrastado na rua Marília de Dirceu. “Vi quando os outros veículos desceram a rua e arrastaram o meu carro. Ele ficou cheio de água e eu perdi os documentos e um computador. Estou calculando um prejuízo de uns 15 mil reais”, estima. 

O cheiro de gás era muito forte na região e a Polícia Militar precisou isolar os quarteirões. A Gasmig foi acionada e suspendeu o serviço. 

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