Pedidos para receber joaninhas produzidas na capital sobem 15 vezes em uma semana

Juliana Baeta
30/09/2019 às 20:11.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:00
 (Maurício Vieira)

(Maurício Vieira)

Aposta para controlar pragas em hortas e jardins, as joaninhas seduziram os belo-horizontinos. Em apenas uma semana, os pedidos para receber gratuitamente as larvas dos insetos cresceram 15 vezes. Conhecidas como “amigas naturais”, elas são “fabricadas” no Parque das Mangabeiras, região Centro-Sul da capital, desde o segundo semestre do ano passado

De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), a cada sete dias são recebidas, em média, de 30 a 40 “encomendas”. Porém, na semana passada, a demanda pulou para 600. A distribuição dos insetos à população começou em julho deste ano. Na época, foram entregues cerca de 3 mil joaninhas somente na Virada Cultural realizada na capital.

Quem fizer o pedido também receberá kits que funcionam como uma espécie de suplemento alimentar para os bichinhos.

“São sementes de plantas atrativas para eles. Além de comer pulgões e outros insetos, também gostam de pólen e néctar. É como se fosse uma vitamina”, explica o gerente de Ações para Sustentabilidade da SMMA, Dany Sílvio Amaral.

Passo a passo

O interessado em receber o material deve encaminhar e-mail para biofabrica@pbh.gov.br. Em seguida, receberá um formulário para preencher com informações sobre o tamanho da horta ou jardim que tem em casa e qual a principal necessidade. Com base nesses relatos, a prefeitura vai saber quantos insetos serão entregues.

Os kits estarão disponíveis em dois locais, e o morador, mediante o pedido prévio, poderá escolher onde buscar: no Parque das Mangabeiras ou na sede da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, no Centro.

Predadoras

As joaninhas são conhecidas como predadoras de pulgões e outros insetos que podem se tornar pragas no meio ambiente. Com a alternativa, é possível eliminar o uso de agrotóxicos no combate a esses inimigos.

A ideia, implantada com sucesso em Paris, na França, é coordenada na metrópole pelo especialista em entomologia Dany Sílvio do Amaral, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Os trabalhos são realizados na chamada Casa Amarela, um espaço que estava há cinco anos sem uso no Parque das Mangabeiras.

O investimento inicial foi de R$ 40 mil – valor proveniente de compensações ambientais. 

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