Perícia médica em vítimas de cerveja contaminada está acelerada, afirma Polícia Civil

Anderson Rocha
arocha@hojeemdia.com.br
10/03/2020 às 19:35.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:54
Depois das audiências de testemunhas de defesa, com encerramento previsto para 3 de abril, será marcado o interrogatório dos réus (Reprodução/Google)

Depois das audiências de testemunhas de defesa, com encerramento previsto para 3 de abril, será marcado o interrogatório dos réus (Reprodução/Google)

Após realização de perícia nos tanques da cervejaria Backer, no bairro Olhos D'Água, na região Oeste de Belo Horizonte, nesta terça-feira (10), os agentes do Instituto de Criminalística da Polícia Civil declararam que estão em "ritmo acelerado" as perícias médicas nos pacientes que sobreviveram à síndrome nefroneural.

Até o momento, a enfermidade já acometeu, pelo menos, 38 pessoas em Minas. A síndrome é causada pela contaminação com as substâncias tóxicas dietilenoglicol (DEG) ou monoetilenoglicol, encontradas nas cervejas da marca de cerveja.

Nesta terça, os peritos da PC foram à fábrica e analisaram os tanques de armazenamento de bebida. Segundo a polícia, os trabalhos in loco não têm prazo para término, mas a polícia informou que pretende concluir a perícia "o mais breve possível, sem prejudicar a qualidade técnica".

Além dos investigadores que atuam no caso, especialistas do Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear (CBTN) - órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia - vão ajudar na investigação. Com a parceria, a polícia pretender descobrir se houve vazamento na fábrica da Backer, o que poderia justificar a contaminação das cervejas. 

Também nesta data, mais duas vítimas da síndrome nefroneural foram ouvidas na investigação, que é empenhada pela 4ª Delegacia de Polícia Civil Barreiro. Ao todo, cerca de 50 pessoas já foram entrevistadas pelo órgão no caso de contaminação por DEG.

A reportagem entrou em contato com a Backer para obter uma posição referente ao retorno da perícia da Polícia Civil aos tanques da empresa e aguarda retorno.

Na mais recente nota divulgada, a Backer informou que segue colaborando integralmente com as investigações e reforçou que jamais utilizou dietilenoglicol em seu processo de produção. A empresa destacou ainda que conta com as autoridades para entender o que de fato aconteceu.

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