
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu o inquérito que apurou as denúncias de abusos sexuais supostamente praticados por um estagiário de Educação Física no colégio Magnum. As delegadas responsáveis pelo caso vão falar sobre o assunto com a imprensa nesta quinta-feira (17), às 10h, no Departamento Estadual de Investigação, Orientação e Proteção à Família (Defam), no bairro Santa Efigênia. Até o momento, a instituição não informou se o suspeito será indiciado ou não.
De acordo com a polícia, foram colhidos depoimentos de 41 pessoas, entre crianças, familiares, representantes da escola e o suspeito, desde o dia 4 de outubro, quando as investigações tiveram início. Foram feitas diligências nas dependências da escola e análise das imagens das câmeras de segurança. Também foi cumprido um mandado de busca e apreensão na casa do estagiário no último dia 10 e um celular foi apreendido.
A polícia informou que o caso segue em sigilo para a Justiça e, para cumprir o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a imprensa não estará autorizada a realizar perguntas às autoridades durante pronunciamento da manhã desta quinta. Os veículos de comunicação presentes poderão entregar à assessoria de imprensa da Polícia Civil, até 15 minutos antes da coletiva, perguntas escritas em papel para que seja analisada a possibilidade de resposta durante o pronunciamento.
O caso
As investigações tiveram início depois que uma mãe procurou a polícia para relatar “que seu filho, de 3 anos, ficava tentando beijar sua boca, atitude não comum entre mãe e filho”. Ela disse também que, ao questionar o comportamento, ele respondeu que teria aprendido isso com o suspeito. Ainda de acordo com a mãe, o aluno "foi forçado a tocar no pênis do autor e que o autor tocou no pênis da vítima”. Um segundo caso teria sido semelhante, com a criança relatando situações parecidas.
O estagiário de Educação Física alega inocência. O advogado Fabiano Lopes, que o defende, afirmou que não há provas contra o ex-funcionário da escola. "Juridicamente a defesa alega ser impossivel o crime ter ocorrido. Seja pelas questões de segurança da escola ou pelas imagens que foram arrecadadas e que foram previamente conferidas. A defesa acredita que no final tudo vai dar tudo certo", afirmou o advogado.
O colégio Magnum afirmou que permanece centrado "no apoio psicológico e jurídico a todos os envolvidos, reafirmando nossa crença na verdade, no princípio da Justiça e à disposição das autoridades competentes para que a verdade seja revelada".
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