Polícia prende pastores de igrejas evangélicas suspeitos de abuso sexual de crianças em Ibirité

Rosiane Cunha
29/10/2019 às 19:07.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:27
 (Pixabay / Divulgação)

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Dois pastores de igrejas evangélicas foram presos suspeitos de abuso sexual contra menores em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. As investigações da Polícia Civil concluíram, nesta terça-feira (29), que os homens se utilizavam da liderança espiritual e da vulnerabilidade das vítimas para cometer os crimes. 

As prisões preventivas foram feitas durante a 2ª fase da ação batizada de “Inocência” e entre as vítimas estão duas crianças menores de 14 anos. https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/opera%C3%A7%C3%A3o-inoc%C3%AAncia-prende-tr%C3%AAs-suspeitos-de-viol%C3%AAncia-sexual-contra-crian%C3%A7as-em-ibirit%C3%A9-1.742989, na ação que combate crimes sexuais cometidos contra crianças e adolescentes. 

Os dois suspeitos tiveram suas prisões decretadas preventivamente na última semana. O primeiro suspeito, de 57 anos, foi preso no dia 21 de outubro em Ibirité. Já o segundo homem, de 47, foi preso no dia 22, em Contagem, também na RMBH.

Segundo a polícia, um dos suspeitos foi detido em casa, onde funciona uma igreja. Ele teria abusado de uma menina de 12 anos e da mãe dela. “Ele iniciou com uma oração e passou a sussurrar e falar palavras elogiando a criança e a partir do momento em que ele passou a tocar suas partes íntimas, ele perguntava se ela estava gostando, se ela estava sentindo calor. Que os homens iam querer fazer aquilo que ele estava fazendo”, detalhou o delegado Wellington Faria.

Ainda segundo o delegado, a mulher do pastor sabia dos crimes e em alguns casos chegou a ajudá-lo. “Nós entendemos que a participação dela se deu de forma ativa, tendo em vista que ela funcionava despistando as demais pessoas. No dia da visita à família da adolescente, ela ficou incumbida de despistar os pais da criança. Ela simulou estar se sentindo mal, indo diversas vezes ao banheiro e com isso atraiu a atenção dos pais, o que propiciou que o pastor ficasse a sós com a menina”, disse faria.

Em outro caso, a vítima de outro líder espiritual foi a própria enteada de 13 anos. As investigações apontaram que a menina foi abusada por mais de um ano sob a ameaça de que seria separada da mãe se contasse alguma coisa.

De acordo com Faria, um exame constatou os estupros. “Aos 15 anos ela começou a se automutilar e o problema foi detectado pela psicóloga da escola e chegou ao conhecimento da PC”.

A Polícia Civil informou ainda que mais denúncias contra outros suspeitos estão em fase final de apuração.

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