Zema sanciona lei que determina que presos produzam máscaras para se proteger da Covid-19

Renata Evangelista
rsouza@hojeemdia.com.br
04/07/2020 às 15:37.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:56
Máscaras são legado da pandemia que veio para ficar, avalia secretária de Saúde de BH (Arquivo / Hoje em Dia)

Máscaras são legado da pandemia que veio para ficar, avalia secretária de Saúde de BH (Arquivo / Hoje em Dia)

O governador Romeu Zema (Novo) sancionou neste sábado (4) a lei que determina que os detentos mineiros produzam as próprias máscaras para conter o contágio da Covid-19 dentro do sistema prisional. De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), desde março, quando teve início a pandemia da Covid-19, os detentos confeccionam os equipamentos de proteção. Até hoje, mais de 2,5 milhões de máscaras foram feitas pelos custodiados. 

Atualmente, Minas Gerais tem 60 mil presos e, até o último dia 30, pelo menos 321 tinham sido diagnosticados com o novo coronavírus. Dois morreram em decorrência da doença. No decreto, Zema frisa que as máscaras feitas pelos reclusos podem ser repassadas para os agentes prisionais. Caso a produção seja grande, outros setores podem ser beneficiados. 

"Viabilizar a produção pelos presos, nas unidades prisionais, de equipamentos de proteção necessários à prevenção da disseminação do coronavírus (...), para a utilização pelos presos e servidores do sistema prisional, bem como, em caso de produção excedente, para o fornecimento a órgãos e entidades da administração pública e para a doação a grupos vulneráveis da população", diz a lei.

Em nota, a Sejusp reforça que todos os servidores são obrigados a circular no interior das unidades com equipamentos de segurança. "Os presos também utilizam máscaras quando estão com algum sintoma suspeito ou quando pertencem a alas ou pavilhões onde outro detento foi testado positivo para a doença", explicou.

Segurança

Para evitar que o coronavírus se alastre pelos presídios mineiros, a Sejusp suspendeu as visitas e a entrega de qualquer tipo de produto por familiares aos detentos. Os profissionais da segurança estão com as escalas de trabalho mais amplas para diminuir a circulação dos servidores dentro das unidades.

"No caso de presos que já se encontram no sistema prisional, caso apresentem sintomas da Covid-19, o protocolo é o seguinte: isolamento imediato, realização de exames e, em caso de confirmação, tratamento segundo protocolo da área da Saúde", explicou a Sejusp. 

Além disso, o Estado selecionou 30 unidades do sistema prisional como porta de entrada, com a função de triagem de presos recém-admitidos do extramuros, para cumprimento de quarentena, antes do encaminhamento para os demais presídios. 

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