Primeiro dia do aumento na tarifa do metrô de BH é marcado por indignação dos passageiros

Lucas Eduardo Soares
lsoares@hojeemdia.com
14/11/2018 às 08:00.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:49
 (Maurício Vieira/Hoje em Dia)

(Maurício Vieira/Hoje em Dia)

O clima nas bilheterias do metrô é de insatisfação com o aumento na tarifa de R$ 1,80 para R$ 3,40. O reajuste de 88% na passagem deixou usuários do sistema preocupados. Na Estação São Gabriel, que faz integração com ônibus metropolitanos e municipais, passageiros dizem que terão que rever trajetos diários para minimizar impactos no bolso. 

É o caso da Sandra de Lima Moura, de 34 anos. Além do reflexo no orçamento, a ligadora de TG disse que ficou surpresa com o aumento. "Se meu salário aumentasse 89%, estaria nas nuvens. Estamos em uma crise feia. Vou ter que levantar mais cedo, não sei se conseguirei levar minha filha para a escola, por exemplo", comenta. 

Quem também ficou indignado com o aumento foi João Pedro, de 25 anos. "Vim com a conta certa e com essa notícia terei que voltar para casa buscar dinheiro. Chegarei atrasado no emprego", reclama.

Nessa segunda-feira (12), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) derrubou duas liminares que impediam o aumento da passagem em BH. O ministro Napoleão Nunes Maia Filho, relator do caso na Corte, declarou que compete à Justiça Federal decidir sobre causas que competem à União e a autarquias e empresas federais.

Em maio, os preços chegaram a ser reajustados. A tarifa, de R$ 3,40, permaneceu por três dias. A CBTU alegou, na época, que o aumento era necessário para viabilizar a prestação dos serviços, há 12 anos sem reajuste.

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