Reajuste no metrô de BH será feito em parcelas a partir de 1º de maio; valor chegará a R$ 4,25

Juliana Baeta
24/04/2019 às 19:12.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:22
 (Maurício Vieira)

(Maurício Vieira)

O aumento da tarifa do metrô de Belo Horizonte não irá acontecer nos próximos dias. Mas, a partir do dia 1° de maio, data em que se comemora o Dia do Trabalhador, o reajuste deve acontecer e de forma "parcelada". Uma audiência de conciliação entre a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e o Instituto Defesa Coletiva (IDC), na 15ª Vara da Justiça Federal em Minas, nesta quarta-feira (24), terminou com um acordo entre as partes. 

Deste modo, o aumento da tarifa acontecerá da seguinte forma: até o dia 30 de abril, o usuário do metrô continua a pagar R$ 1,80. A partir do dia 1° de maio, a passagem pasta a custar R$ 2,40 e, a cada dois meses, este valor será reajustado novamente até chegar a R$ 4,25 em março de 2020. 

Veja como irá funcionar:

1º/05/2019: R$ 2,40
1º/07/2019: R$ 2,90
1°/09/2019: R$ 3,40
1°/11/2019: R$ 3,70
1°/01/2020: R$ 4,00
1°/03/2020: R$ 4,25 (valor válido até o dia 30 de abril)

Após isso, a CBTU estaria autorizada a realizar novos reajustes. 

De acordo com a presidente do IDC, Lilian Salgado, o acordo, embora não tenha agradado ao Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro) e movimentos sociais, é uma forma de o bolso do usuário do sistema se preparar melhor. "Se não houvesse o acordo, a população seria pega de surpresa com o aumento. O escalonamento do reajuste foi uma forma que encontramos para que o consumidor tenha a oportunidade de planejar e custear este aumento", explica. 

Além disso, segundo ela, o acordo também prevê que a empresa passe a investir R$ 2 milhões em projetos voltados para programas de mobilidade urbana, meio ambiente e sustentabilidade dentro do sistema metroviário até dezembro de 2020. 

O acordo não agradou ao Sindimetro, que irá sediar uma reunião nesta sexta-feira (26), junto a movimentos sociais, para conversar sobre o que pode ser feito para impedir o aumento, segundo o presidente do sindicato, Romeu Machado. 

"A gente estava lutando contra um aumento que seria de R$ 3,40 e agora este valor vai subir ainda mais, chegando a R$ 4,25. Nós, do sindicato e os movimentos sociais não queríamos um acordo, mas o IDC é a entidade legítima para fazer isso e entendeu que seria melhor fazer o acordo. Mas, somos contra qualquer aumento, ainda mais neste momento econômico, com muita gente desempregada. Mesmo que houvesse um acordo, o aumento poderia pelo menos ser fragmentado a um prazo mais dilatado e não de dois em dois meses", relata.

A CBTU informou que iniciará a implementação do reequilíbrio tarifário de maneira progressiva, mas que a "data ainda não está definida e terá ampla e prévia divulgação". Em nota, a companhia reforçou que há cerca de 13 anos não há alteração nas tarifas em Belo Horizonte, 15 anos em Natal, Maceió e João Pessoa e 7 anos em Recife, atingindo avançada defasagem ante ao custo de manutenção do sistema.


 

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