Sobe para oito o número de homens supostamente infectados com 'doença misteriosa'

Bruno Inácio
binacio@hojeemdia.com.br | @oBruninacio
08/01/2020 às 17:11.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:13
 (Reprodução Street Views)

(Reprodução Street Views)

Dois homens de 56 e 64 anos de idade foram internados em um hospital particular de Belo Horizonte com suspeita de terem contraído a "doença misteriosa" que tem assustado moradores do bairro Buritis, na região Oeste de Belo Horizonte. Desde 19 de dezembro, nove pessoas já foram atendidas em Minas Gerais com suspeita de insuficiência renal nos últimos dias; uma delas morreu e um caso foi descartado.

Os dois novos casos foram divulgados nesta quarta-feira (8) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), que montou uma força-tarefa com membros do Ministério da Saúde e da Secretaria Municipal de Saúde de BH. Os exames laboratoriais, feitos nas pessoas com suspeita de quadro parecido, estão sendo analisados pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), que ainda não tem resultados conclusivos.

O aumento dos casos provocou disseminação de boatos nas redes sociais. Em algumas das mensagens compartilhadas, os autores associaram os sintomas ao consumo de uma cerveja ou a produtos comprados em um supermercado. A Vigilância Sanitária, porém, não confirma nenhuma das hipóteses, e está investigando o caso.

Das oito vítimas — uma teve a doença descartada, por já ter tido outras enfermidades renais —, seis residem em Belo Horizonte, uma em Nova Lima, na Região Metropolitana; e outra, que faleceu, residia em Ubá, na Zona da Mata, e estava internada em Juiz de Fora, na mesma região.

Todos são homens, com idades entre 23 e 76 anos. Segundo a SES, a evolução dos sintomas é rápida, com insuficiência renal evoluindo em 72 horas para alterações neurológicas.

A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte está investigando o caso, por meio da Vigilância Sanitária. Os fiscais coletaram alimentos e demais produtos consumidos pelos pacientes e visitando locais onde os materiais foram adquiridos.

A Polícia Civil também investiga se há algum indício de crime. O Instituto de Criminalística está com amostras das bebidas ingeridas por alguns dos internados para análise. Contudo, inquérito policial só será aberto se houver indício de delito.

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