'Se precisar, eu ajoelho no pé do presidente', diz Kalil sobre ampliação do metrô de BH

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
12/01/2021 às 18:34.
Atualizado em 05/12/2021 às 03:54
Intervalo de viagens será alterado aos sábados em BH (Divulgação CBTU)

Intervalo de viagens será alterado aos sábados em BH (Divulgação CBTU)

O projeto de expansão do transporte metroviário de Belo Horizonte, que há anos não sai do papel em função de recursos, é um dos grandes desejos do prefeito Alexandre Kalil (PSD). O assunto esteve em pauta durante uma entrevista concedida à rádio Itatiaia, nesta terça-feira (12). Na ocasião, o gestor também falou sobre as obras da avenida Vilarinho, que podem começar em março.  

Os recursos para a obra da Linha 2 do metrô da capital, que ligaria o bairro Calafate à região do Barreiro, foi prometido em agosto de 2020 pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes. O valor seria de R$ 1,2 bilhão.

“O metrô foi anunciado na minha frente. Eu fui convidado pela bancada mineira. Aliás, o único executivo que estava lá, era eu. Estava o João Leite representando a Comissão de Transportes da Assembleia, o presidente da Assembleia, os deputados federais e o ministro Tarcísio falou em alto e bom som dos 1 bilhão de reais no metrô em Belo Horizonte. Eu ainda disse a ele ‘a imprensa está aí fora, é para anunciar isso?’”, disse.

Para que o dinheiro chegue, de fato, aos cofres da prefeitura da capital e sejam repassados para as obras do metrô, Kalil disse que, se for preciso, ajoelha aos pés do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “Se precisar eu vou lá e ajoelho no pé do presidente da República. Não tenho esse tipo de orgulho. Eu vou lá, dou a mão para o Zema e falo ‘governador, vamos ajoelhar’. Ele não precisa porque é amigo íntimo do Bolsonaro, mas ele fica em pé e eu ajoelho”, concluiu.

No ano passado, o ministro garantiu que irá repassar o montante – proveniente de multas pagas pela mineradora Vale ao Ministério da Infraestrutura pelo abandono da concessão de linhas férreas – para que a capital faça a ampliação do metrô. Porém, prefeitos de cidades do interior de Minas e do Rio de Janeiro pleiteiam o repasse do valor, alegando que as linhas férreas em questão passam por seus territórios. A  insegurança jurídica fez com que a mineradora depositasse o valor em juízo, enquanto as partes discutem o destino da verba.

Caso esse valor seja efetivamente destinado para Belo Horizonte, o dinheiro poderá ser investido em melhorias na Linha 1 (Eldorado-Vilarinho), que pode ser estendida até o bairro Novo Eldorado, em Contagem, e na construção da Linha 2 do metrô.

Obras na Vilarinho

No próximo dia 25 de janeiro, uma reunião, envolvendo o Ministério Público e o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), irá definir os próximos passos para a obra de prevenção às enchentes na avenida Vilarinho, na região de Venda Nova.

Segundo Kalil, o início dos trabalhos está previsto para o mês de março de 2021. “Nós convocamos, para o dia 25 de janeiro, o Ministério Público e o Tribunal de Justiça, que participaram de todo o edital. Neste dia será aberta a proposta para a obra do Vilarinho. O dinheiro já está em caixa. Então no dia 25, já vamos saber quem vai fazer a obra. Acabando a chuva, em março, o trabalho vai poder ser iniciado, se Deus quiser e não houver nenhum contratempo”, finalizou.

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