Sem self-service e com divisória de acrílico: restaurantes reabrem com medidas de segurança em BH

Anderson Rocha
@rochaandis
24/08/2020 às 13:12.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:22
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

Os restaurantes e lanchonetes de Belo Horizonte retomaram, nesta segunda-feira (24), o consumo de alimentos no local. A reabertura do atendimento presencial, no entanto, é exclusiva para o almoço e demanda uma série de regras sanitárias.

No restaurante Pop & Kid, no quarteirão fechado da rua Rio de Janeiro, diversas mudanças foram implementadas. O local, que estava funcionando apenas para o delivery, desde meados de abril, não terá mais o self-service, conforme prevê o decreto municipal.

De acordo com o proprietário, Antônio Câmara, de 42 anos, o estabelecimento reduziu a lotação em 60%, além de retirar as mesas que ficavam na calçada. Ao entrar no restaurante, o cliente tem a temperatura medida, passa por um tapete sanitizante (para higienizar os calçados) e tem a comanda de consumo também higienizada na hora. Não há uso de cardápio.

Para o empresário, a reabertura ajudará o setor, pois o delivery representa só 1/3 das vendas se comparado a antes da pandemia. “Nós chegamos quase no limite”, afirmou Câmara.

Maisa Souza avaliou que as mudanças são positivas para o retorno da atividade 

A supervisora de vendas Maisa Souza, de 35 anos, havia ido ao local para buscar a comida e levar para o trabalho, também no Centro. No entanto, avaliou como satisfatórias as alterações e decidiu ficar por lá.

“Acho que as medidas poderiam ter vindo um pouco antes, da forma que está sendo hoje. Uma medida bem importante é começar, timidamente, a voltar o comércio”, afirmou.Lucas PratesNo Café Palhares, divisórias de acrílico foram instaladas para separar os clientes

Café Palhares

Instalado na rua dos Tupinambás há 82 anos, o Café Palhares também precisou adaptar o espaço. Dentre as medidas, a capacidade de atendimento baixou de 24 pessoas sentadas para dez. Além disso, acrílicos foram colocados para separar os clientes. O local parou de utilizar o cardápio.

O espaço ficou fechado durante 75 dias e reabriu em 8 de junho para o delivery. Conforme o proprietário, André Palhares, de 31 anos, o principal prato será servido de forma incompleta: muita gente vai ao Palhares para comer o Kaol e tomar um chopp.

“A gente ficava aqui até as 22h e, agora, só até as 17h. A gente tá querendo fazer uma volta consciente. Queremos que essa volta seja cautelosa, sem bebida, para não ter aglomeração”, afirmou. De acordo com André, o faturamento no período em delivery caiu 70%.

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