Trabalhadores que atuavam durante rompimento em Brumadinho serão indenizados em R$ 250 mil pela Vale

Anderson Rocha
@rochaandis
24/04/2020 às 20:40.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:21
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

Os trabalhadores da Vale que atuavam na mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, no momento do rompimento da estrutura, em janeiro de 2019, serão indenizados em R$ 250 mil por danos morais e materiais pela mineradora. O acordo é válido para funcionários próprios e terceirizados sobreviventes e foi homologado pela Justiça nessa quarta-feira (22). Segundo o Corpo de Bombeiros, 272 pessoas morreram e outras 11 seguem desaparecidas.

De acordo com a empresa, os trabalhadores ainda receberão assistência psicológica e psiquiátrica até janeiro de 2022. Além deles, outros empregados da mineradora também serão indenizados, de acordo com o contexto em que se envolveram com a tragédia. Veja todos:

  • Trabalhadores do Feijão que estavam no momento do rompimento: R$ 250 mil + assistência de saúde mental;
  • Trabalhadores do Feijão que não estavam no momento do rompimento: R$ 80 mil;
  • Trabalhadores da mina de Jangada: R$ 80 mil;
  • Trabalhadores das minas Córrego do Feijão e Jangada que, na data do rompimento da barragem B1, estavam afastados há mais de 30 dias: R$ 40 mil.

Ainda conforme a Vale, os acordos foram firmados entre a empresa e seis sindicatos que representam os trabalhadores terceirizados que prestavam serviços nas minas Córrego do Feijão e Jangada, ambas em Brumadinho. Os documentos foram homologados nessa quarta pela 5ª Vara da Justiça do Trabalho de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A reportagem procurou a empresa para entender qual é o prazo para o pagamento das indenizações e aguarda um retorno.

Tragédia

Ocorrido em 25 de janeiro de 2019, o rompimento da barragem B1 em Brumadinho matou 272 pessoas, segundo os dados mais recentes do Corpo de Bombeiros. No mês passado, após 421 dias consecutivos de atuação, os militares suspenderam as buscas pelos 11 fragmentos de vítimas que ainda seguem desaparecidos devido à pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2).

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