Vila do Índio é a primeira a receber os serviços do programa de Inclusão Digital de Belo Horizonte

Lucas Sanches e Bernardo Estillac
portal@hojeeemdia.com.br
02/12/2021 às 14:47.
Atualizado em 08/12/2021 às 01:11
 (Foto: Maurício Vieira/ Hoje em Dia)

(Foto: Maurício Vieira/ Hoje em Dia)

A Vila do Índio, na região de Venda Nova, foi a primeira comunidade escolhida para receber o projeto de internet gratuita da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). O programa de Inclusão Digital prevê a instalação de wi-fi (internet sem fio) e a montagem de um telecentro, local em que os moradores terão aulas de capacitação em tecnologia.

A ideia da PBH é levar internet gratuita e de qualidade para todas as vilas, favelas e conjuntos habitacionais da capital, atingindo mais de 370 mil moradores. A prioridade, segundo a Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte (Prodabel), é a inclusão da população em idade economicamente ativa, incluindo 45.510 alunos da rede municipal de ensino.

Serão 735 km de rede de fibra óptica e instalação de 2.100 novos pontos de wi-fi gratuito em 218 vilas e favelas. Nove Centros de Referência em Inclusão Digital estão sendo implantados – um em cada regional –, com a oferta de 15.790 novas vagas em cursos de formação e capacitação. O investimento da Prefeitura na implantação do projeto será de R$ 44,6 milhões.

Em entrevista coletiva concedida na tarde desta quinta-feira (2), o diretor-presidente da Prodabel, Leandro Garcia, apresentou o programa e os objetivos traçados pela PBH. Segundo ele, a estrutura do projeto é dividida em três bases: conexão, dispositivos e capacitação.

Para o diretor, além de promover o acesso à internet, o programa trará oportunidades profissionais para a população da cidade. "Uma meta ousada e importante, mas ao mesmo tempo factível é fazer de Belo Horizonte o maior polo de formação de profissionais de TI do Brasil", diz.Maurício Vieira / Hoje em Dia

Programa de Inclusão Digital da PBH colcará internet wi-fi gratuita em 2.100 pontos da capital 

Perguntado sobre o tempo de gestação do projeto na Prefeitura, já que o acesso à internet foi um ponto central para a educação dos jovens durante o período de ensino remoto na pandemia, o diretor da Prodabel afirma que o programa Inclusão Digital é uma ampliação da disponibilização de internet em praças, parques, escolas e unidades de saúde do município. “Esse é um momento de expansão ainda maior do projeto, mas é um tema recorrente há uns cinco anos”, conclui.

Impacto na sociedade
Na Vila do Índio, moradores já repercutem o início do programa. A faxineira Beatriz Andrade enxerga a disponibilidade da internet como uma oportunidade para melhorar o acesso à educação.

"A internet é boa para nós, moradores, que podemos sempre nos atualizar e também estudar, no caso das crianças. Mas eu também estou estudando, fazendo o EJA (Educação de Jovens e Adultos) online, graças a essa internet", comenta Beatriz, que tem como plano futuro cursar engenharia.

A economia nos gastos com internet móvel também foi apontada como um fator positivo pelos moradores da Vila do Índio. “Essa internet que está chegando é muito importante, inclusive para mim, que não vou mais precisar gastar créditos do celular. Espero que ajude não só a nossa comunidade, mas todos os moradores da região, inclusive quem precisa vir até aqui para trabalhar”, diz o gari Washington Rodrigues.

Líder comunitário da Vila do Índio, Cássio de Souza vê com esperança o avanço do programa para toda a cidade e se sente honrado pela comunidade onde mora ter sido eleita a primeira a receber os serviços do projeto.

“Quando estiver tudo regularizado, é bom saber que as pessoas vão alcançar lugares que não eram possíveis, como cadastros e benefícios. Muita coisa vai mudar e melhorar com a chegada da internet", comenta Cássio.

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