95% dos crimes cibernéticos cometidos por adolescentes em BH ocorrem em ambiente escolar
Delitos mais comuns foram distribuição de pornografia infantil, ameaça, injúria e preconceito de raça
A maioria dos atos infracionais classificados como crimes cibernéticos cometidos por adolescentes em Belo Horizonte em 2024 foram registrados em ambiente escolar. Segundo o Relatório Estatístico divulgado nesta quarta-feira (23) pela Vara Infracional da Infância e da Juventude de Belo Horizonte, 95% desses atos foram praticados por alunos.
Conforme o levantamento, que pela primeira vez contemplou crimes cibernéticos, foram registrados um total de 43 casos envolvendo menores de idade na capital mineira. As infrações mais comuns nesse âmbito foram a produção, venda e distribuição de pornografia infantil (14 casos), seguida por ameaça (11), constrangimento ilegal (8), injúria (5) e preconceito racial (4).
Para a juíza titular da Vara Infracional e coordenadora do Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA-BH), Riza Aparecida Nery, o ambiente virtual se consolidou como uma “fronteira para os conflitos envolvendo adolescentes”, refletindo os desafios da era digital no cotidiano escolar.
Além dos dados específicos sobre crimes cibernéticos, o relatório também compilou informações sobre os atos infracionais mais recorrentes em 2024. Ao todo, o CIA-BH atendeu 3.049 casos, sendo o tráfico de drogas o mais frequente (826), seguido por furto (240), lesão corporal (197), roubo e receptação (101).
BH apreende cinco menores por dia
Pelo menos cinco adolescentes foram apreendidos por dia em Belo Horizonte ao longo de 2024. Segundo relatório técnico divulgado nesta quarta-feira (23) pela Vara Infracional da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), um total de 2.042 jovens foram encaminhados ao Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional de Belo Horizonte (CIA-BH) durante o ano.
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