Rede de ódio

Adolescente de 15 anos é apreendido em BH suspeito de ameaçar ataque a universidade na Bahia

Segundo a polícia, há indícios de que ele fazia parte de grupos extremistas

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
28/11/2023 às 13:45.
Atualizado em 28/11/2023 às 14:03

(Divulgação / PCMG)

(Divulgação / PCMG)

Um adolescente de 15 anos foi apreendido em flagrante pela Polícia Civil em Belo Horizonte, na manhã desta terça-feira (28), suspeito de planejar um ataque a uma universidade na Bahia. O jovem também estava com vasto material de pornografia infantil. Ele foi encaminhado à Justiça e, se for penalizado, pode ficar até três anos internado em uma instituição socioeducativa. 

Segundo as autoridades, o menor está em situação de vulnerabilidade social, mas não foram repassadas informações sobre o local onde ele foi apreendido. Segundo a PC, ele participava de grupos extremistas e de apologia ao nazismo nas redes sociais.

Os agentes mineiros chegaram ao menor após uma operação conjunta com a Polícia Civil da Bahia. No início deste mês, a Universidade Estadual de Santa Cruz recebeu uma série de mensagens com ameaças de massacre por e-mail. Também foram criadas contas nas redes sociais para fomentar as ameaças.

Diante do grave cenário, a PC da Bahia e funcionários do Ministério da Justiça se mobilizaram para identificar os autores das mensagens. Eles conseguiram identificar que um deles seria de BH.

O caso começou a ser acompanhado pelo Laboratório de Crimes Cibernéticos, que identificou o local de onde partiram as mensagens. A Justiça baiana expediu então um mandado de busca e apreensão contra o menor. 

Rede de ódio

Quando os policiais civis de Minas conseguiram acesso ao celular e ao computador do menor, encontraram um vasto material de pornografia infantil. Ele foi apreendido em flagrante por este delito.

“Tanto no celular quanto no computador utilizado por ele havia fortes indícios de que ele fazia parte de grupos extremistas relacionados a massacres, fazendo alusão ao nazismo, supremacia branca”, afirmou o delegado Ângelo Ramalho.

(Divulgação / PCMG)

(Divulgação / PCMG)

Aos agentes, o adolescente confessou que participava dos grupos, mas não acreditava que o ataque realmente aconteceria. Ele disse ainda que não recebeu nenhum dinheiro para enviar as ameaças e que participava para ter "status" nas redes sociais.

O menor também afirmou que não conhece ninguém que estuda na universidade ou qualquer pessoa da Bahia. À polícia, ele relatou que acredita que alguém do grupo tem interesse em ameaçar a universidade.

Também aos policiais civis, o pai do menor afirmou que o filho já teve problemas relacionados ao uso de internet, mas não tinha conhecimento da gravidade da atual situação.

“Quando a gente falou do que se tratava ele não acreditou porque na cabeça dele o filho não estaria envolvido em uma situação tão grave, que são esses grupos que fomentam massacres e pornografia infantil”, completou o delegado. 

A Polícia Civil da Bahia continua monitorando a rede de ódio responsável pelas ameaças e busca agora identificar outros integrantes.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por