STJ

Advogado mineiro consegue mudar de nome após encontrar homônimos acusados de crimes

Gabriel Rezende
grezende@hojeemdia.com.br
23/06/2022 às 19:12.
Atualizado em 23/06/2022 às 19:13
Ministro citou que homônimos impõem situações vexatórias ao advogado  (Pixabay / Reprodução)

Ministro citou que homônimos impõem situações vexatórias ao advogado (Pixabay / Reprodução)

O advogado mineiro Lucas Moraes — agora Lucas Moraes Martins "Maiolino" — conseguiu, na Justiça, o direito de mudar de nome. Com a decisão emitida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no fim de maio, ele carrega também o sobrenome do avô: Maiolino. 

O motivo da troca do nome? Não ser confundido com outros três Lucas Moraes Martins que respondem a processos criminais no Brasil. Um deles reside no Rio Grande do Sul e os outros dois em São Paulo.  

Lucas descobriu os homônimos ao pesquisar processos criminais. Ao entrar na Justiça, o advogado alegou que ter o mesmo nome dos réus poderia lhe causar prejuízos morais devido à profissão que exerce. 

O pedido havia sido negado em primeira e segunda instâncias. Ele recorreu ao STJ e obteve decisão favorável. Relator do caso, o ministro Marco Aurélio Bellizze, avaliou que uma das funções do patronímico é "evitar prejuízos à identificação" de determinada pessoa.

"É imprescindível a demonstração de que o fato impõe ao sujeito situações vexatórias, humilhantes e constrangedoras, que possam atingir diretamente a sua personalidade e sua dignidade, o que foi devidamente comprovado no caso dos autos", escreveu no acórdão. 

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