
Há uma semana em greve parcial, o metrô de Belo Horizonte reduz intervalos entre viagens e se aproxima do cenário registrado em dias de funcionamento normal. Conforme o grupo Comporte, novo administrador após a privatização, o sistema de transporte opera com uma lacuna de 8 a 10 minutos no horário de pico.
De acordo com a empresa, em dias sem greve, esse período é de 7 a 10 minutos. Até esta segunda, por exemplo, as viagens ocorriam no intervalo de 12 a 15 minutos no horário de pico. Agora, após o horário de maior movimento, o intervalo será de 15 minutos.
Em nota, o Grupo Comporte segue garantindo que não vai "medir esforços para que o sistema siga em operação e está empenhada em reduzir os impactos da paralisação para a população de BH e Contagem, na região metropolitana".
Greve
A greve foi iniciada na última terça-feira (28), uma semana após o fim da última paralisação, que durou 34 dias. Os trabalhadores protestam contra a privatização do serviço.
Os trabalhadores da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU-BH) afirmam que tomaram a decisão por entenderem que são empregados públicos concursados e não podem ser transferidos para uma empresa privada. Eles alegam ainda falta de diálogo e de garantias sobre a manutenção dos empregos.
A promessa era de que a paralisação seria total, no entanto parte da categoria decidiu não aderir ao movimento e segue trabalhando. Representantes do Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais tentam convencer esses trabalhadores a participarem da greve, mas ainda não obtiveram sucesso.
Segundo o Sindimetro, uma reunião de intermediação entre a categoria e representantes da Comporte foi agendada para às 10h de quarta-feira (5) .
A entidade marcou ainda uma assembleia na Estação Central, no Centro de BH, logo após o encontro, às 17h, para definir os rumos do movimento.