
O corpo do ex-governador Alberto Pinto Coelho foi sepultado na manhã desta terça-feira (21) no Cemitério Parque da Colina, no bairro Nova Cintra, na região Oeste de Belo Horizonte. O velório do político ocorreu na tarde de ontem, no Palácio da Liberdade, e contou com a presença de diversos parlamentares, autoridades, amigos e familiares.
Célia Pinto Coelho, viúva do ex-governador (Maurício Vieira / Hoje em Dia)
O ex-governador faleceu aos 78 anos, em decorrência de uma leucemia, doença que lutava contra ela há três anos. Ele deixa esposa, quatro filhos e um neto.
Alberto Pinto Coelho era torcedor fanático do Atlético, e uma bandeira do time do coração foi colocada sobre o caixão, junto a de Minas Gerais.
A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) cancelou todas as atividades institucionais que ocorreriam no dia devido ao falecimento de Coelho, que também foi presidente da Casa. A programação do dia foi reagendada.
Dezenas de coroas de flores foram enviadas em homenagem ao ex-governador e inúmeros políticos que compareceram ao velório.
O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), se pronunciou durante o velório, lamentando a morte. “Alberto Pinto Coelho foi um homem marcante pelo legado que está deixando, pela atuação política que teve no estado. Uma perda muito grande para nós, mineiros”, declarou o governador.
O vice-governador, Mateus Simões, estava presente no velório e salientou o legado do ex-governador. "Deixa muitos exemplos. Que a marca que deixou como governador, como político, como presidente da Assembleia sirva de exemplo de moderação nesses tempos em que a agressividade às vezes toma a espaço do diálogo no ambiente político".
O procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares, também deixou sua homenagem. "Ele fará falta a Minas e as instituições democráticas, mas deixa um bom exemplo para nós seguirmos no momento de embates, discussões, um querendo chegar na frente do outro, ou então prejudicar o outro. Alberto deixa uma forma de nós conversarmos mais", enfatizou.
A Câmara de Dirigentes Lojistas de BH também lamentou a morte de Coelho. "Minas perdeu hoje um homem público que fazia política com P maiúsculo. Nesse mundo contemporâneo de tantos radicalismos, o equilíbrio e o jeito ponderado de Alberto farão muita falta a Minas e ao Brasil", compartilhou a Câmara por meio de nota.
Histórico
Ao longo de 25 anos de política, Coelho exerceu quatro mandatos como deputado estadual. Chegou à presidência da Assembleia Legislativa em 2007 e foi reeleito para o cargo em 2009, tendo assumido também a presidência do Colegiado de Presidentes das Assembleias Legislativa do País.
Alberto Pinto Coelho também atuou como líder dos governos Itamar Franco (1999-2003) e Aécio Neves (2003-2010). Em 2014, o então vice-governador do Estado, eleito em 2010 na chapa de Antonio Anastasia, assumiu como governador pelo período de nove meses, após a saída de Anastasia para a campanha eleitoral.