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Avaliação na internet

Antes de ser morta, Alice já havia denunciado atendente agressivo publicamente

Advogado da mulher trans agredida na Savassi revela avaliação escrita em rede social na qual alice relatava ter sido tratada com agressividade e ameaçada por funcionário do estabelecimento

Do HOJE EM DIA
portal@hojeemdia.com.br
Publicado em 15/11/2025 às 14:07.

A família da mulher trans Alice Martins Alves, de 33 anos, morta após ser brutalmente agredida por funcionários do Rei do Pastel, na Savassi, em Belo Horizonte, revelou neste sábado (15) que a vítima já havia denunciado publicamente a violência no estabelecimento três meses antes de ser atacada.

O advogado da família, Thiago Lenoir, apresentou uma avaliação escrita por Alice no Google Reviews na qual ela relatava ter sido tratada com violência verbal e quase agredida por um atendente.

No relato, Alice descreveu que o funcionário a acusou de não pagar uma conta e tentou impedi-la de sair. Ela escreveu que só conseguiu evitar a agressão física porque se sentou próxima a outras mulheres que testemunharam a discussão.

“Vim aqui reavaliar, o atendente foi extremamente agressivo quase fui agredida, só não fui [porque] sentei com outras meninas que estavam de prova. [...] Lugar bem pesado e os atendentes são meio duvidosos... Enfim, não volto mais…”, dizia a publicação feita por Alice.

Para o advogado, a avaliação reforça a gravidade do caso. “Três meses antes de perder a vida de forma brutal, Alice já denunciava publicamente a violência e o tratamento agressivo que sofreu nesse estabelecimento comercial. A morte de Alice não será silenciada”, declarou Leonir.

Investigação

Alice foi agredida em 23 de outubro na avenida do Contorno com a avenida Getúlio Vargas, após ser perseguida por dois funcionários do Rei do Pastel. A investigação aponta que o motivo teria sido uma conta não paga de R$ 22. A vítima sofreu fraturas e perfuração intestinal, vindo a óbito em 9 de novembro, devido a uma infecção generalizada.

A Polícia Civil já identificou e qualificou os dois homens suspeitos do ataque. No entanto, ainda não houve prisões, e o inquérito policial segue em andamento, sob sigilo.

O Rei do Pastel se pronunciou na sexta-feira (14), afirmando que tem colaborado com as investigações, fornecendo todos os dados solicitados pela polícia. O estabelecimento também declarou que não compactua com ações discriminatórias. A reportagem tentou contato com a empresa neste sábado para questionar a denúncia prévia de Alice e aguarda retorno.

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