Apenas uma a cada cinco crianças em Minas será vacinada contra a Covid neste mês

Lucas Sanches e Marina Proton
horizontes@hojeemdia.com.br
06/01/2022 às 19:50.
Atualizado em 10/01/2022 às 02:02

Apenas uma a cada cinco crianças, entre 5 e 11 anos, em Minas será vacinada contra a Covid neste mês. O Estado irá receber 370 mil doses em janeiro, mas precisa imunizar 1,8 milhão desse público. O restante terá que esperar até março, quando as aulas presenciais já terão iniciado. Até o momento, o coronavírus matou 79 mineiros de até 9 anos.

Diante da pouca oferta, será necessário priorizar grupos de risco. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) vai seguir a recomendação do Ministério da Saúde. Serão vacinadas, inicialmente, aquelas com doenças crônicas ou deficiência permanente, quilombolas e indígenas. Crianças mais velhas serão as primeiras na fila para receber a dose da Pfizer. 

Médicos e autoridade alertam que todas precisam ser protegidas e reforçam o apelo às famílias para levar os filhos aos postos de saúde.

“Espero que pais e responsáveis levem as crianças para vacinar contra a Covid. Não há nenhuma dúvida em relação à segurança da vacina e não haverá nenhum tipo de documento obrigatório, como prescrição médica”, disse o secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti.

Para alertar ainda mais sobre a importância da imunização, um estudo da SES demonstrou que o risco de morrer entre os não vacinados é 11 vezes maior. “Ou seja, quem não tomou a vacina não tenha dúvida: tome a vacina, porque é a única solução para a pandemia”, acrescentou Baccheretti.

Outra preocupação das autoridades é com relação ao avanço da variante Ômicron. Nas últimas 24h, Minas registrou 28 novos casos, O total de notificações saltou para 166 doentes, sendo 76 em Belo Horizonte. 

No Brasil, a primeira morte pela cepa foi confirmada nessa quinta-feira (6) em Aparecida de Goiânia, Goiás. O paciente tinha 68 anos e era portador de doença pulmonar obstrutiva crônica, além de hipertensão arterial.

De acordo com o professor Renan de Pedra Souza, do Observatório de Vigilância Genômica da UFMG, a cada nova variante, a doença se espalha cada vez mais rápido.

“Desde que a Ômicron surgiu, a Organização Mundial da Saúde já informou que ela é a mais transmissível. Se nós formos pensar, a Delta transmite mais rápido do que a Gama e por aí vai”, explica o especialista, que é pesquisador do Instituto de Ciências Biológicas.

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