
Acabou em tragédia a festa de aniversário de 50 anos do guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Aloizio de Arruda, em Foz do Iguaçu, na noite de sábado.
Amigos e parentes já tinham cantado parabéns para o aniversariante quando o local foi invadido pelo policial penal Jorge José da Rocha Guaranho.
O suspeito, que é apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), chegou ao salão de festas de uma associação a atirou contra o tesoureiro do PT, que estava armado e revidou. Câmeras de segurança registram o momento da invasão, a troca de tiros e a morte da vítima. Imagens foram divulgadas nas redes sociais. Veja vídeo:
Nas imagens, o tesoureiro do PT aparece caído no chão do salão após ser atingido pelo primeiro tiro. Uma mulher empurra o atirador para tentar impedir que ele prossiga o ataque, mas ele se afasta e vai para o outro lado do salão e volta a atirar. O tesoureiro do PT revida e atira várias vezes.
Segundo o boletim de ocorrência, o atirador chegou ao local gritando “aqui é Bolsononaro”. Guaranho se identifica nas redes sociais como apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).
O atirador foi levado para o Hospital Municipal de Foz do Iguaçu.
Guaranho não era conhecido dos convidados e nem havia sido convidado para a festa. Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, ele teria ido ao salão e retornado 20 minutos depois armado.
A festa de aniversário comemorava os 50 anos de Marcelo Arruda e tinha como tema o Partido dos Trabalhadores e o ex-presidente Lula. A comemoração era realizada na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu, na Vila A.
Intolerância política
O secretário de segurança público de Foz do Iguaçu, Marcos Antônio Jahnke, informou que o caso está sendo investigado e que o crime pode ter sido motivado por intolerância polícia.
O PT do Paraná lamentou a morte do tesoureiro e informou que presta assistência à família da vítima e que acompanhará as investigações.
O partida lamentou a morte do tesoureiro que já foi candidato a vice-prefeito de Foz do Iguaçu em 2020, e alertou para que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Supremo Tribunal Federal (STF) investiguem o caso e coíbam qualquer situação que alimente qualquer clima de disputa foram dos marcos da democracia.