A dona de um asilo particular e a filha dela, suspeitas de torturar idosos, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foram ouvidas em audiência de custódia no fórum da cidade na tarde desta terça-feira (30).
Quem comandou a sessão, que começou por volta das 17h, foi a juíza Arlete Aparecida da Silva Coura, da 1ª Vara Criminal. A magistrada autorizou que elas fiquem em celas separadas porque estariam sendo ameaçadas por outras detentas do presídio de Vespasiano, na Grande BH.
“Elas relataram que estão sofrendo ameaças e temiam por sua integridade física”, explicou o advogado de defesa, Welbert de Souza Duarte. Ainda de acordo com o advogado, ele ainda não teve acesso às provas contras as duas mulheres, que se declaram inocentes. “Elas negam veementemente a prática de maus-tratos”.
Nesta quarta-feira (31) ele vai entrar com o pedido de habeas corpus para as duas clientes.
As duas foram presas na última quinta-feira (25), numa operação da Polícia Civil que flagrou vários idosos em situação de maus-tratos, desnutridos e com quadro de pneumonia. Elas tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva.
A clínica funcionava há três anos no bairro Barreiro do Amaral e hospedava cerca de 50 idosos. Até agora,17 precisaram de atendimento médico e estão internados no Hospital Municipal Madalena Calixto, em Santa Luzia. Três vítimas estão em estado grave. A PC também investiga pelo menos três pessoas morreram por causa das condições em que viviam no local.
Um cuidador que também seria um dos principais agressores ainda é procurado pela polícia.
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