Após a descoberta que uma distribuidora no Monte Azul, região Norte de Belo Horizonte, que vendia bebidas destiladas adulteradas, a Polícia Civil (PC) investiga se boates e bares da capital mineira compravam os produtos e vendiam aos clientes.
Segundo a PC, na última sexta-feira (10), foram cumpridos mandados de busca e apreensão na distribuidora, quando as bebidas falsificadas foram descobertas. Um homem de 22 anos foi preso em flagrante. A Polícia também realizou buscas na casa dele, em Santa Luzia, Região Metropolitana de BH.
Entre o material apreendido pela PC estão garrafas de uísque, gin e vodca. Conforme o delegado Magno Machado, que coordenou a operação, a distribuidora anunciava as bebidas falsas nas redes sociais com valor 50% abaixo do praticado no mercado.
"São bebidas de alto custo e estavam sendo comercializadas a preços bem abaixo (do valor de mercado), colocando toda a população em risco. Ele (homem preso) praticou crime contra a saúde pública, com pena que varia de quatro a oito anos de prisão", explicou o delegado em coletiva realizada nesta terça-feira (14).
O material apreendido será encaminhado para perícia técnica da Polícia Civil. Análises poderão comprovar as substâncias usadas para falsificar as bebidas.
Para o chefe do departamento estadual de Combate à Corrupção e a Fraudes, delegado-geral Júlio Wilke, os consumidores são os principais prejudicados.
"Trata-se da retirada de bebidas falsificadas da noite de Belo Horizonte, que ostenta o título de 'capital do bar', preza a vida noturna, e não pode ser vítima de criminosos que tentam passar todo mundo para trás, inserindo no mercado uma bebida sem procedência", comentou Wilke.
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