Quem procurou a Diretoria Regional de Atendimento Social da regional Venda Nova, nesta segunda-feira (17), para conferir a situação no Cadastro Único (CadÚnico), enfrentou falta de informações, filas e demora no atendimento.

Hoje é o primeiro dia útil após o governo federal prorrogar por mais um mês o prazo da revisão de dados das famílias cadastradas no programa.

Por causa da alta demanda, a unidade registrou filas e apenas 30 senhas foram distribuídas, o que deixou várias pessoas sem conseguir realizar a consulta.

Caso de Manuelisia Alves, de 33 anos. A dona de casa chegou cedo para pegar uma das primeiras senhas de atendimento mas, mesmo assim, ficou de fora.

“Cheguei às 7h e não me atenderam. Não consegui senha e meu caso é simples, é só atualizar o cadastro. Agora, estão demorando para atender até as pessoas que possuem senha. E ficam pedindo pra gente ir embora. Preciso fazer o atendimento para não bloquearem meu serviço”, disse.

Além das filas na parte da manhã, as pessoas que estiveram na unidade não tinham garantia de que mais senhas serão distribuídas à tarde.

“Vou ficar aqui até às 14h e vejo se vão me dar outra senha. Se não distribuir, vou embora sem resolver meu problema. É revoltante”, desabafou Manuelisia.

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou que as senhas distribuídas são para pessoas que não realizaram agendamento prévio.

Para os casos urgentes, como cadastros que estão bloqueados, ou de família prioritárias, como aquelas que recebem o Benefício de Prestação Continuada, os atendimentos não têm limite de senha e todas as famílias que buscam a unidade são atendidas ao longo do dia.

Ainda segundo a PBH, no DRAS de Venda Nova são realizados, em média, 170 atendimentos relacionados ao CadÚnico. A distribuição de senhas nas demais unidades para atendimento também pode ocorrer para organização do atendimento diário a depender do volume de pessoas que comparecem. Não foram registradas filas durante a manhã nas outras unidades da capital.

CadÚnico

As famílias inscritas no Cadastro Único devem atualizar os dados a cada 2 anos ou sempre que houver alguma alteração. Quem for convocado para averiguação e revisão de dados deve comparecer a um Centro de Referência de Assistência Social (Cras) ou a um posto de atendimento do CadÚnico do município.

A atualização é fundamental para garantir que as informações registradas estejam sempre de acordo com a realidade das famílias.

Programas sociais como o Auxílio Brasil, o Benefício de Prestação Continuada (BPC), a Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE) e a ID Jovem exigem que o cadastro esteja atualizado para que as famílias possam receber os benefícios.

Os beneficiários podem verificar se seus dados estão desatualizados ou mesmo se as informações já fornecidas estão sendo confrontadas com outras bases de dados administrativos federais por meio do aplicativo do CadÚnico, disponível para download na página Gov.br.

Caso não tenha ocorrido nenhuma alteração nas informações prestadas na última entrevista, a família beneficiária poderá também fazer a confirmação dos dados pelo aplicativo do Cadastro Único. Porém, se for preciso alterar algum dado, é necessário comparecer a um posto.

A consulta também pode ser realizada na versão web. Serão exibidos os dados de identificação do Responsável pela Unidade Familiar, os dados da família e de seus membros.