Não era enfermeira

Audiência da mulher que usou vacina falsa contra Covid em empresários é remarcada para fim de julho

Novas intimações obrigaram o adiamento da audiência de instrução

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
01/02/2024 às 17:19.
Atualizado em 01/02/2024 às 17:26
 (Divulgação/Polícia Federal)

(Divulgação/Polícia Federal)

Foi remarcada para fim de junho a audiência de instrução da mulher que se identificava como enfermeira e é acusada de aplicar falsas vacinas contra a Covid em empresários e políticos de Belo Horizonte durante a pandemia. A audiência estava marcada para esta quinta-feira (1).

De acordo com assessoria do Fórum Lafayette, a sessão foi cancelada após um pedido do Ministério Público e da Defensoria Pública: os acusados Junio, Igor, Daniele e Ricardo não haviam sido intimados. O juiz determinou que eles sejam intimados para a próxima audiência, marcada para 31 de julho, às 13h.

A previsão era que pelo menos seis réus fossem interrogados nesta quinta, além de 24 testemunhas ouvidas. A investigada participaria por videoconferência.

O caso

As investigações começaram após uma reportagem da revista Piauí, publicada em 24 de março de 2021, ter revelado, por meio de vídeos, a vacinação clandestina de empresários e políticos dentro de uma das garagens de uma empresa de transporte.

Após investigações da Polícia Federal (PF), a mulher acusada de aplicar vacinas contra a Covid-19 foi presa e encaminhada à penitenciária Estevão Pinto, na capital mineira. Ela poderá cumprir até 15 anos de reclusão, se condenada, por suspeita de importação ilegal, desvio das doses ou falsificação.

Agentes cumpriram dois mandados de busca e apreensão na casa da suposta enfermeira e do filho, além de em uma clínica de BH. Entre o material apreendido com os suspeitos estão cartões de vacinação com indicação da aplicação das doses do imunizante com o nome da Pfizer, seringas e caixas térmicas com as vacinas.

Os objetos foram encaminhados à perícia para identificação da substância. Empresários admitiram a aquisição dos medicamentos de procedência ilícita e que o valor cobrado por duas aplicações foi de R$ 600. 

Ainda de acordo com a PF, a mulher, uma cuidadora de idosos que se passava por enfermeira, tem passagem por furto e também teria comercializado vacinas ilegais para outras pessoas, além dos investigados na operação “Camarote”.

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