
Encontro entre representantes da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e de movimentos de moradia popular para discutir o futuro da área onde funcionava o aeroporto Carlos Prates teve muito bate-boca na tarde desta segunda-feira (17). Também participaram moradores e interessados na manutenção da pista de voo.
Cerca de 300 pessoas estiveram no Centro de Referência ao Idoso, no bairro Caiçara, região Noroeste, para ouvir o detalhamento da PBH. Porém, alguns, quando tentaram falar, foram impedidos. Aí começou o bate-boca, com pessoas bastante exaltadas por não conseguirem expôr ideias. Um deles foi o professor de educação física Luciano Chequini, que levantou a voz para reclamar.
Outro que também que estava exaltado era Reginaldo Aguilar, morador do entorno do aeroporto há mais de 30 anos.
"Construí minha casa ao lado do aeroporto, criei meus filhos ao lado do Carlos Prates, e sei o que funcionava lá. Me entristece ver o local vazio. Era a segunda maior escola para pilotos do país", lamentou.
Pela manhã, a prefeitura detalhou que a área do antigo aeroporto Carlos Prates, desativado em abril, deve receber 4,5 mil moradias para população de baixa e média renda, escola, UPA, centro de saúde, além de 1,3 mil unidades para comércio, parque para prática de esportes, cultura e lazer - a região tem déficit de área verde. Pelo menos esta é a proposta de reaproveitamento do terreno, apresentada pela prefeitura de BH nesta segunda-feira (17) e já enviada ao Governo Federal
A proposta foi protocolada na Secretaria de Patrimônio da União e está sob análise da pasta, segundo o executivo municipal.
Em nota, a prefeitura informou que durante a apresentação foi informado que novas reuniões serão marcadas para que a comunidade possa apresentar suas sugestões. Foi anunciada, ainda, a criação do e-mail "novobairro@pbh.gov.br" como um canal de comunicação com a comunidade. O e-mail será ativado nos próximos dias, segundo o executivo municipal.
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