Saiba prevenir

BH entra em alerta para ataque de abelhas; Hospital João XXIII já registra 89 atendimentos em 2025

Bombeiros alertam a população sobre como se proteger e o que fazer em caso de acidente

Gledson Leão
Publicado em 21/09/2025 às 09:48.Atualizado em 21/09/2025 às 09:51.
Ataques de abelhas em grupo podem causar reações graves, especialmente em crianças, idosos e pessoas alérgicas (Agência Brasil)
Ataques de abelhas em grupo podem causar reações graves, especialmente em crianças, idosos e pessoas alérgicas (Agência Brasil)

O Hospital João XXIII, referência em urgência e emergência em Belo Horizonte, registrou 89 atendimentos por picadas de abelhas entre janeiro e agosto deste ano. O número já representa mais da metade dos 172 casos atendidos durante todo o ano de 2024. A média mensal de atendimentos é de 11 vítimas.

O caso mais recente ocorreu no bairro de Lourdes, na região Centro-Sul da capital, onde um pedestre foi atacado por um enxame que estava em um buraco de poste e sofreu cerca de 50 ferroadas. 

Histórico de casos atendidos no Hospital João XXIII:

  • 2022: 137 casos
  • 2023: 189 casos
  • 2024: 172 casos
  • 2025: 89 casos (janeiro a agosto)

Segundo especialistas, as abelhas atacam pessoas para defender a colmeia, fontes de alimento e a si mesmas contra ameaças percebidas, o que pode ser desencadeado por barulhos, movimentos bruscos, perfumes ou proximidade ao ninho.

Fatores como a perda de habitat devido a desmatamento e uso de agrotóxicos, a busca por alimento e as mudanças climáticas também contribuem para que elas se aproximem mais das áreas urbanas, aumentando o contato com humanos e, consequentemente, os ataques. 

O aumento da temperatura também pode tornar algumas espécies de abelhas mais agressivas. Com a expectativa de aumento das temperaturas nos próximos meses, a tendência é que os atendimentos hospitalares relacionados a ferroadas cresçam ainda mais.

Orientações

Diante do cenário, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais reforça a importância da prevenção, que é a melhor forma de evitar complicações. O porta-voz da corporação, tenente Henrique Barcelos, alerta sobre a necessidade de manter distância de enxames e jamais tentar removê-los por conta própria.

"Não jogue água, não atire fogo, não jogue objetos e, principalmente, não tente capturar as colônias se não tiver o treinamento e a proteção adequada", enfatizou o tenente.

Em caso de ataque, a orientação é:

  • Saia imediatamente do local, correndo se for possível.
  • Procure um abrigo ou uma barreira que impeça a entrada dos insetos.
  • Proteja o pescoço, boca e nariz, que são áreas sensíveis para as vias aéreas. Se possível, use a própria camisa para cobrir essas regiões.

O tenente Barcelos desaconselha mergulhar na água para fugir dos insetos, já que as abelhas podem esperar a vítima emergir para continuar o ataque. Ele também reforça que mais de 10 picadas já podem ser consideradas uma situação grave, e qualquer reação alérgica exige atendimento médico imediato.

Quando acionar o Corpo de Bombeiros?

Para emergências, o Corpo de Bombeiros deve ser acionado pelo telefone 193. A corporação também está disponível para realizar vistorias em locais com enxames de abelhas. Caso seja constatado risco para as pessoas, os bombeiros realizam a captura do enxame de forma segura e com técnicas adequadas.

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