BH registrou 38% de taxa de isolamento na segunda-feira, a mais baixa para o dia na quarentena

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
09/06/2020 às 16:55.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:43

Quem foi às ruas do Centro de Belo Horizonte nesta semana percebeu que houve um aumento considerável no tráfego de pessoas e veículos. De acordo com a empresa In Loco, que analisa dados de telefones de brasileiros de todas as regiões, o índice de isolamento social nesta segunda-feira (8) foi de 38% na capital.

Este foi o índice mais baixo para uma segunda-feira desde o dia 16 de março, quando o número registrado foi de 31%. Quatro dias depois, teve início a vigência do decreto municipal que determinou o fechamento de vários tipos de comércio em Belo Horizonte, como shoppings, bares, restaurantes, cinemas, casas de shows, entre outros. O isolamento imposto em março foi importante para diminuir a aceleração de transmissão da Covid-19 em Belo Horizonte. Na segunda-feira 1º de junho, o índice de isoalmento foi de 40%, enquanto na segunda-feira dia 25 de maio, de 41%. 

O índice de isolamento social é um dos fatores levados em conta pela Prefeitura de Belo Horizonte para determinar os passos da flexibilização do comércio na cidade. Também é avaliada a taxa de transmissão da Covid-19 e o número de leitos ocupados por pessoas com a doença. Atualmente, a taxa de ocupação nos leitos de UTI dedicados a pacientes com o novo coronavírus é de 68% na capital, enquanto os leitos de terapia intensiva para outras doenças estão com ocupação de 81%.

Nesta segunda-feira (8), mais um passo foi dado no processo de flexibilização e alguns setores, como floriculturas e lojas de calçados, puderam reabrir as portas. De acordo com a prefeitura, aproximadamente 824 mil trabalhadores estão autorizados a retomar as atividades econômicas, o que representa 92% dos empregados na cidade. 

Belo Horizonte registrou 2.514 casos de Covid-19, sendo que 1.958 pessoas já se recuperaram. A cidade contabiliza 59 mortes pela doença, sendo que todos tinham fator de risco (maiores de 60 anos) ou alguma comorbidade.

"A gente já esperava por essa redução no isolamento social, mas não está satisfeito, não. Precisamos que esse índice suba. Estamos pedindo encarecidamente à população que permaneça em casa porque, se os números piorarem, vamos ter que voltar para trás (na flexibilização)", afirmou o infectologista Estevão Urbano, membro do Comitê de Enfrentamento à Epidemia de Covid-19 em Belo Horizonte. 

Os infectologistas esperam que saiam para as ruas os trabalhadores dos serviços essenciais e do comércio e que os demais possam ficar em casa. "E quem precisa comprar algo deve fazê-lo e já voltar para casa, sem ficar trafegando pelas ruas do Centro", acrescentou Urbano. 

A Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão informou outro levantamento, de que o índice de isolamento na segunda-feira foi de 47%. "Uma redução é esperada em razão da reabertura do comércio e consequente aumento no fluxo de pessoas. Diante dessa possibilidade, informamos que todas as decisões são tomadas pelo Comitê de Enfrentamento à Epidemia da Covid-19, a partir da análise dos indicadores. Caso o comitê perceba que a flexibilização tem impactado negativamente nesses dados, as medidas para conter a circulação do vírus na cidade serão tomadas. Isso inclui o fechamento dos estabelecimentos que tiveram o funcionamento permitido e a ampliação de leitos para o atendimento de casos da Covid-19", informou a pasta.

Veja quais foram os índices de isolamento social dos últimos dias:

Segunda-feira (8): 38%

Domingo (7): 48%

Sábado (6): 40%

Sexta-feira (5): 34%

Quinta-feira (4): 38%

Quarta-feira (3): 38%

Terça-feira (2): 39%

Segunda-feira (1): 40%

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