Socorro

BHTrans monta plano de reforço dos ônibus devido à greve do metrô nesta quarta

Raissa Oliveira
raoliveira@hojeemdia.com.br
05/10/2022 às 08:22.
Atualizado em 05/10/2022 às 08:26
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

Para atender aos cerca de 100 mil usuários que dependem do metrô por dia em Belo Horizonte, a prefeitura da capital mineira montou um plano de reforço das linhas do transporte coletivo que atendem as estações Vilarinho, em Venda Nova, e São Gabriel, na região Nordeste da cidade. A greve iniciada nesta quarta-feira (5) deve durar ao menos dois dias

Segundo a BHTrans, agentes fazem o acompanhamento da situação, e as viagens extras serão disponibilizadas de acordo com a demanda. 

Conforme o executivo municipal, a análise também será feita através informações recebidas pelo Centro Integrado de Operações (COP-BH).

“Para garantir o atendimento dos usuários, foi enviado um ofício às concessionárias alertando sobre a situação e a necessidade de complemento nas linhas”, informou em nota.

Em BH, todas as 19 estações do metrô estão fechadas nesta quinta devido a paralisação da categoria. Diante desse cenário, a solução para os usuários que foram pegos de surpresa foi a procura por ônibus e reorganização do trajeto. 

É o caso de Josiane Gabriel, de 33 anos. “Eu não estava sabendo de nada. Me deparo com uma situação dessa, não foi avisado, ninguém anunciando. Bastante transtorno para a população toda, já que tem sido o melhor transporte aqui quando comparado com os ônibus. Vou ter que pegar ônibus e gastar 2 horas em um percurso que faço em 35 minutos”, afirma. 

Ela ainda aponta as condições precárias dos coletivos. “O transporte está muito precário, manutenção dos ônibus, motorista muito estressado é abrir porta da frente, cobrar passagem, destravar catraca, passageiro que não quer pagar e fica cutucando. Ate mesmo para os trabalhadores o transporte público está difícil”, reclama.

Greve 

A paralisação desta semana faz parte da greve iniciada no último dia 25 de agosto, após o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovar as condições para a desestatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) em Belo Horizonte.

Segundo o Sindimetro, a privatização terá como consequências demissão dos concursados e aumento da passagem. Eles alegam que será uma paralisação total, sem escala mínima. 

Os metroviários alegam ainda que após a desestatização haverá uma demissão de quase 1,6 mil funcionários da CBTU que atuam em Minas Gerais.

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