Militares do Corpo de Bombeiros fizeram uma visita especial ao pequeno Caio Abreu, de 8 anos, na manhã desta quarta-feira (3), no bairro Planalto, região Norte de Belo Horizonte. Ele convive com baixa acuidade visual, uma doença autoimune que pode causar a perda total da visão e tem o sonho de se tornar um bombeiro. Em breve, vai passar por um procedimento que pode resultar na perda de 90% da capacidade de enxergar e, por isso, os pais do menino apressaram-se para realizar o sonho do garoto.

No último dia 21, a família de Caio esteve em um batalhão dos bombeiros de BH para levar a criança em uma visita especial. Ele chegou a fazer rapel e até tripulou uma viatura. Nesta quarta-feira (3), foi a vez dos militares retribuírem a surpresa.

“Ele nem dormiu direito essa noite e a gente não desconfiava que seria essa festa toda”, disse a mãe da criança, a vendedora Danielle Alves.

Os bombeiros também quiseram alertar para a doença de Caio. Segundo Danielle, a família tem passado por dificuldades para conseguir o tratamento via Sistema Único de Saúde (SUS) e está contando com a ajuda até de seu ex-patrão para custear as consultas.

“Estamos tentando com um médico de São Paulo e meu ex-patrão está pagando as consultas. Meu avô também ajudou. A gente não sabe se ele está perdendo a visão rápido por causa da doença. A gente pede para que um médico específico consiga ajudar a gente”, disse.

Além de afetar a visão, a doença também atrapalha o desenvolvimento cognitivo de Caio, como coordenação motora e equilíbrio.

Durante a visita surpresa, Caio se mostrou muito emocionado. Ele brincou com o caminhão da corporação, jogou água e ganhou diversos presentes, como um chaveiro e uma camisa.

Cirurgia
Caio possui baixa de acuidade visual (BAV), que é a dificuldade de enxergar objetos com nitidez. Além de deixar a visão comprometida, ele também tem dificuldades para se equilibrar. Ele vai passar por uma cirurgia que possui risco de 90% de perda da visão.

No último ano, ele perdeu cerca de 2% da visão. A mãe diz que o risco dele ficar cego é real. “Não sabemos se é rápido assim por causa da doença. Em menos de um ano ele está perdendo cerca de 2% da visão. Então, o risco dele perder a visão é real", explicou.