Com a expectativa de receber 5 milhões de foliões até 26 de fevereiro, o Carnaval de BH cresceu nos últimos anos e trouxe uma diversidade de temas abordados. Para a professora do departamento de Ciências Sociais da PUC Minas, a reinvenção e o crescimento da folia estão diretamente ligados à oportunidade de expressão daquilo que a sociedade acredita.

“A cultura é uma forma fundamental para poder expressar. Quando a gente fala do Carnaval, temos um tempo para exorcizar problemas no público. Então colocamos em pauta aquilo que nos incomoda, como questões sobre a família, política e até admiração. O Carnaval é a forma de lidarmos espontaneamente com aquilo que vivenciamos de forma mais lúdica”, explica.

A docente considera que o Carnaval é uma forma, através da Cultura, de expressão puramente democrática. “O Carnaval de BH é uma criação única de mostrar nossas pautas, seja a Serra do Curral ou a Praia da Estação. Há toda uma estrutura montada na cidade para que as pessoas tenham a liberdade de expor a sua forma de expressão da maneira que quiserem, dentro de uma lógica social. Ocupando um espaço da cidade”.

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