(Beiço do Wando / Divulgação)
O tradicional Beiço do Wando desfila neste domingo em Belo Horizonte. Sucesso na capital com o melhor da música brega, o bloco usou o perfil nas redes sociais para abraçar uma campanha da Fundação Hemominas para doação de sangue. Em BH, os estoques seguem baixos desde a pandemia da Covid-19.
Um dos organizadores do cortejo, o administrador Guilherme Lopes Rodrigues, de 35 anos, afirma que os integrantes usam a visibilidade do Beiço do Wando para chamar a atenção das pessoas.
“A gente sabe da plataforma que temos em mão e usamos para tentar melhorar a vida de todos. Não apenas na questão de doação de sangue, mas nas pautas principais que sempre abordamos que são anti homofobia, racismo e a campanha do “Não é não”. Tentamos ajudar da maneira que podemos”, explica.
Segundo Guilherme, desde a criação do bloco, em 2015, há uma preocupação em levantar bandeiras relacionadas às causas sociais. “A gente tenta nunca perder isso de vista. Colocar um bloco na rua já é político, estamos ocupando a rua e fazendo uma festa que é gratuita, nada mais natural do que usar esse espaço para difundir pautas sociais que acreditamos, até porque o Carnaval de BH é uma folia de resistência”, comemora.
Engajamento
Engana-se quem pensa que o Carnaval é só diversão. Renascida de um movimento político, em protestos na Praça da Estação, a festa reforça cada vez mais pautas em prol da conscientização. Em 2023, tradicionais blocos de rua vão usar os desfiles para levantar bandeiras sobre questões ambientais, inclusão social, respeito às mulheres e até mesmo empatia ao próximo, em tempos de ataques frequentes de ódio nas redes sociais.
Leia mais: