Mais três pessoas foram ouvidas na 4ª Delegacia de Polícia Civil Barreiro, no bairro Estoril, região Oeste da capital, totalizando 24 depoimentos de vítimas e familiares no caso que apura as intoxicações pela cerveja Backer. Segundo a PC, quem consumiu o produto e se sente prejudicado com a ingestão da bebida pode registrar um boletim de ocorrência em qualquer unidade policial.
A empresa passou a ser investigada há 25 dias depois da suspeita de casos de contaminação com o dietilenoglicol. A substância tóxica, que acabou culminando na morte de quatro pessoas, foi encontrada em garrafas da marca Belorizontina e no tanque da fábrica, em Belo Horizonte.
As investigações apontaram que as amostras recolhidas tanto na cervejaria, quanto da empresa química que vendia o monoetilenoglicol, continuam sendo analisadas pelas equipes de peritos do Instituto de Criminalística e ainda não há previsão para a conclusão dos laudos.
Até o momento 29 casos de pessoas que apresentaram os sintomas da síndrome nefroneural são investigados.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), até sexta-feira foram notificados 26 casos suspeitos de intoxicação exógena por dietilenoglicol. Desses, 22 pessoas são do sexo masculino e quatro do sexo feminino. Quatro casos foram confirmados via exames laboratoriais e os 22 restantes continuam sob investigação. Quatro casos evoluíram para morte e um deles foi confirmado por exame. Em todos os casos, as vítimas teriam ingerido cervejas fabricadas pela Backer.