Máfia dos Transplantes

Caso Pavesi: médico condenado por morte e retirada ilegal de órgãos é preso após 23 anos do crime

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
10/05/2023 às 15:40.
Atualizado em 10/05/2023 às 15:51
 (Reprodução / Redes Sociais Álvaro Ianhez)

(Reprodução / Redes Sociais Álvaro Ianhez)

O médico Álvaro Ianhez, condenado por matar e retirar os órgãos de uma criança, de 10 anos, em 2000, foi preso, no caso conhecido como ‘Máfia dos Transplantes'. A informação é do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

Ianhez foi preso na terça-feira (9), no mesmo dia em que foi publicada a decisão do ministro Rogério Schietti Cruz, da 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que cassou a liminar que impedia a execução da pena imposta ao médico. Ianhez foi condenado a 21 anos e 8 meses, por homicídio duplamente qualificado.

De acordo com o órgão, o médico está sendo encaminhado para a cidade de São Paulo, onde ficará à disposição da Justiça. A Secretaria de Estado de Segurança Pública e Justiça de Minas Gerais já foi comunicada pelo MPMG da prisão. Caberá ao Departamento Penitenciário de Minas Gerais a transferência do preso para uma unidade prisional do estado.

O caso aconteceu em Poços de Caldas, no Sul de Minas. Desde que o médico foi condenado, em abril de 2022, a defesa emitiu diversos pedidos para impedir a prisão e um deles foi concedido pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

Relembre o caso

No início em 19 de abril de 2000, Paulo Veronesi Pavesi, de 10 anos, caiu de uma altura de 10 m no prédio onde morava, em Poços de Caldas.

O menino foi levado para o Hospital Pedro Sanches e, dois dias depois, transferido para a Santa Casa da cidade, onde os médicos teriam constatado a morte cerebral e os órgãos da criança foram retirados e transplantados. Segundo a denúncia do MPMG, o preso foi um dos médicos que causaram a morte da criança, com o objetivo de usar, em outros pacientes, os órgãos de Paulo Pavesi

De acordo com a Justiça, os profissionais adotaram procedimentos incorretos na declaração de morte e remoção dos órgãos de Paulo Veronesi. A suspeita é que o menino estava clinicamente vivo quando seus órgãos foram retirados.

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