Cidades mineiras suspendem a vacinação contra a Covid-19 em grávidas; confira quais

Anderson Rocha
arocha@hojeemdia.com.br
11/05/2021 às 13:45.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:54
 (Pixabay/Divulgação)

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Após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ter publicado nota técnica, na noite dessa segunda-feira (10), recomendando a suspensão imediata da vacina contra a Covid da AstraZeneca em gestantes, prefeituras mineiras anunciaram que paralisaram a aplicação das doses. Em Belo Horizonte, a imunização segue para esse público, no entanto, com o uso da Pfizer. 

Em Betim, na Grande BH, a suspensão foi determinada na manhã desta terça-feira (11). "As gestantes que já tomaram a primeira dose do imunizante da AstraZeneca, se sentirem qualquer reação adversa, deverão procurar a unidade de referência do pré-natal", informou o secretário municipal de Saúde, Augusto Viana. Em Nova Lima, ainda na região metropolitana, o serviço também foi interrompido.

Em Uberlândia, a administração municipal declarou que suspendeu a aplicação da AstraZeneca de forma preventiva em grávidas até que receba nova orientação do Ministério da Saúde. O município também interrompeu a vacinação de puérperas (mães que tiveram filho recentemente), alegando precaução e segurança.

Gestantes e mães recentes também deixam de ser vacinadas com o imunizante em Juiz de Fora e Viçosa, na Zona da Mata. Já em Divinópolis, na região Central, a paralisação vale apenas para as grávidas.

Em Belo Horizonte, a Secretaria Municipal de Saúde declarou que segue as orientações do Plano Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde, e que todas as gestantes com comorbidades ou não que se cadastraram no portal da prefeitura até 3 de maio estão sendo vacinadas com a Pfizer. Em Contagem, cidade vizinha, a imunização de grávidas ainda não havia iniciado. "Estamos aguardando a chegada de novas doses da CoronaVac para iniciar a vacinação das gestantes", declarou.

O governo de Minas disse que aguarda posicionamento e orientações do Ministério da Saúde para definir as medidas a serem tomadas. 

Interrupção 

A suspensão, conforme a Anvisa, é resultado do monitoramento de eventos adversos feito pela agência sobre as vacinas contra a doença em uso no país. Esse trabalho apontou a necessidade de que a AstraZeneca só seja aplicada para públicos previstos na bula. A agência orienta que a nota técnica seja seguida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde.

“O uso off label de vacinas, ou seja, em situações não previstas na bula, só deve ser feito mediante avaliação individual por um profissional de saúde que considere os riscos e benefícios da vacina para a paciente. A bula atual da vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca não recomenda o uso da vacina sem orientação médica", explicou a Anvisa.

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